Sociedade | 22-11-2024 21:00

Orçamento de Alenquer para 2025 aprovado só pela maioria socialista

Orçamento de Alenquer para 2025 aprovado só pela maioria socialista
Orçamento para 2025 foi aprovado pelo executivo socialista de Alenquer com votos contra da oposição

A Câmara de Alenquer, liderada pelo PS, aprovou o orçamento de 46,5 milhões de euros para 2025. A oposição, PSD e CDU, votou contra, criticando a falta de ambição nas áreas sociais e estratégicas e apontando para um decréscimo no valor destinado ao investimento.

A maioria socialista na Câmara de Alenquer aprovou o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025, com votos contra dos vereadores do PSD e CDU. Para o ano, o município tem um orçamento de 46,5 milhões de euros, sendo que está prevista a possibilidade de a autarquia recorrer a um empréstimo de 6.393.236€, valor definido para os projectos de requalificação urbana na Rua Senhora da Graça e na Rua Pinhal da Azenha, construção da variante de ligação à zona industrial da Passinha e requalificação da zona urbana do Carregado desde a Meirinha ao Tejo.
Comparativamente ao orçamento previsional de 2024 verifica-se um aumento de 1,3 milhões de euros para 2025. Os impostos directos e as transferências são as grandes fontes de financiamento da autarquia, com os impostos directos a corresponderem a 34,71% e as transferências correntes e de capital a 37,05% e 13,87%, respectivamente.
Da previsão das transferências correntes no valor de 17.242.817€, 10.978.301€ correspondem às transferências no âmbito do Orçamento de Estado. Relativamente à descentralização de competências no domínio da educação, encontra-se dotado o valor de 4.945.995€, no âmbito da descentralização de competências na saúde 715.083€ e na acção social o valor é de 297.951€.
As transferências de capital inscritas no orçamento da receita incluem as verbas recebidas do Orçamento do Estado e ainda a receita prevista proveniente de acordos de colaboração e de participações comunitárias de projectos cofinanciados, como a instalação da Unidade Saúde Familiar em Abrigada e Unidade de Saúde de Olhalvo (PRR), requalificação da envolvente à antiga Fábrica da Chemina (Portugal2030) e protocolo de cooperação técnica e financeira para a regularização fluvial e requalificação (Agência Portuguesa do Ambiente).
Na despesa, os gastos com pessoal são a parcela mais substancial ao valerem 39,94% (18.583.872€), com o município a acolher um total de 737 profissionais com contrato nos seus quadros à data. A alínea ultrapassa a representatividade da aquisição de bens e serviços, o segundo maior item neste campo, onde se prevê serem despendidos 12.440.929€, ou seja, 26,73% do total da despesa.

CDU e PSD lamentam fraco investimento
Para o presidente da autarquia de Alenquer, Pedro Folgado (PS), o orçamento do próximo ano reflecte um final de ciclo de um compromisso iniciado em 2013: criar as bases e as condições para que o concelho pudesse desenvolver-se de forma sustentável. “Delineamos um orçamento responsável e realista, cujo horizonte não se resume ao curto prazo. Com este documento estão lançadas as bases para um desenvolvimento sustentável de longo prazo”, disse o edil.
Para o vereador do PSD, Nuno Henriques, o orçamento para 2025 é mau pelo que tem, mas sobretudo pelo que não tem. E critica que após 50 anos de governação socialista a rede viária vai finalmente ter maior financiamento. “Este é um orçamento que fica aquém da ambição para este concelho. Este não é um orçamento amigo das famílias, das empresas e das pessoas do ponto de vista fiscal e emocional. Não desenha um plano estratégico como deve ser para o turismo, para o desporto, para a cultura, para a economia. Este não é um orçamento social”, reiterou.
O vereador da CDU, Ernesto Ferreira lamentou que não estejam nas rubricas as três obras que motivaram o pedido de empréstimo de 6 milhões de euros da câmara, o que quer dizer que os projectos foram remetidos para 2026. Além disso, critica a quebra significativa no valor do investimento que diminuiu 10% em dois anos. A rubrica de Marketing Territorial teve um acréscimo de 570% face a 2024 o que levantou dúvidas ao vereador. “Não é com gosto que votamos contra. Este orçamento, tanto ou mais do que os anteriores, não pode merecer senão a nossa rejeição”, criticou.

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