Barquinha tem um novo equipamento social num investimento de 600 mil euros
Concelho de Vila Nova da Barquinha tem um novo lar residencial e uma residência de autonomização e inclusão para pessoas portadoras de deficiência na Moita do Norte.
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) sublinhou o trabalho social que as misericórdias desenvolvem em todo o país, alertando que só com estabilidade e previsibilidade haverá sustentabilidade financeira. “Precisamos de previsibilidade e precisamos de estabilidade porque isso é que nos conduz à sustentabilidade financeira”, afirmou Manuel Lemos à Lusa, à margem da inauguração de um lar residencial e de uma residência de autonomização e inclusão para pessoas portadoras de deficiência em Moita do Norte, Vila Nova a Barquinha, equipamento que representou um investimento na ordem dos 600 mil euros.
“As misericórdias portuguesas são as grandes especialistas em cuidar dos mais idosos e dos mais frágeis, como as que sofrem de deficiência, mas também cuidamos das crianças, dos jovens em risco, e tudo isto cria uma situação social difícil, no nosso universo, e nós precisamos da cooperação do Estado. Ou melhor, o Estado precisa da nossa cooperação”, notou.
Dividido em dois espaços, o lar inaugurado tem capacidade para 12 utentes em regime de internato e para cinco utentes em regime de autonomização, num projeto iniciado em 2016 pela Associação de Paralisia Cerebral de Vila Nova da Barquinha e que acabou por ser concluído em parceria com várias entidades, entre elas a Santa Casa da Misericórdia, que vai gerir o equipamento, o município, que contribuiu com cerca de 300 mil euros, e a Segurança Social, com 307 mil euros, através do programa PARES, e outros apoios da comunidade e juntas de freguesia.
A directora da Segurança Social de Santarém, presente na cerimónia, disse à Lusa que o equipamento “é um exemplo do melhor que se pode fazer, num trabalho de parceria entre a Santa Casa, município e Segurança Social, e que oferece duas respostas, uma delas bastante inovadora, que é esta questão da residência e da inclusão com autonomização”. Paula Carloto, que gostaria de ter “muitas IPSS a desenvolver este tipo de resposta”, disse que as necessidades são muitas e que instituição que gere está "a fazer um esforço para criar o maior número de respostas possível” no distrito. “Estamos a fazer um esforço articulado de criar uma série de respostas para várias necessidades, tendo elas a ver com pessoas com deficiência, com idosos, crianças ou requerentes e beneficiários da proteção internacional”, declarou.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia destacou a “satisfação” pela concretização de "um antigo anseio e uma necessidade de Vila Nova da Barquinha e da região” envolvente. Hélder Brito disse ainda à Lusa que a Santa Casa vai avançar para outro projecto, ao nível de uma unidade de cuidados continuados, com capacidade para 90 camas, num novo projeto de parceria, desta vez com a Santa Casa da Misericórdia de Tomar.