Sociedade | 24-11-2024 18:00

Cada vez mais alunos de ensino secundário no Sardoal trazem as refeições de casa

Apesar da gratuitidade de refeições escolares até ao terceiro ciclo, são cada vez mais os alunos que trazem o almoço de casa. Uma das justificações pode estar no encerramento de comércios locais, em redor da escola, onde alunos do secundário almoçavam.

O número de alunos da Escola Secundária de Sardoal a tarzer almoço de casa tem vindo a aumentar. Na última reunião camarária, a vereadora Patrícia Silva (PS) deu conta de que a associação de pais do Agrupamento de Escolas de Sardoal havia oferecido dois micro-ondas à Escola Drª. Judite Andrade, devido ao aumento do número de alunos que traz comida de casa. A autarca questionou o executivo sobre a possível razão que levou ao aumento, uma vez que as senhas de marcação de almoço na cantina escolar são gratuitas até ao 3º ciclo.
“Gostaríamos de saber se o aumento pode estar relacionado com um maior número de alunos de ensino secundário a almoçar na escola ou se foi devido ao aumento do número de alunos, em geral, na escola”, questionou a vereadora socialista. Pedro Duque (PS) perguntou também se pode estar relacionado com a qualidade ou quantidade das refeições fornecidas, levando os alunos a procurar alternativas.
O presidente Miguel Borges (PSD) acredita que o aumento do número de refeições não representa um problema, mas que pode haver um conjunto de crianças e jovens que prefira a comida de casa e, para isso, será necessário ter meios para aquecer as refeições na escola. “Não tenho informação de que haja alteração na qualidade ou quantidade da comida. O próprio executivo municipal já lá foi, eu costumo ir com alguma frequência almoçar à escola e não me parece que seja esse o problema. Houve, efectivamente, um aumento do número de alunos mas não me parece que seja essa a razão”, afirmou Miguel Borges.
Para o autarca, a questão pode estar relacionada com as refeições dos alunos de ensino secundário que, o ano passado, frequentavam alguns estabelecimentos comerciais em redor da escola, que encerraram e, neste momento, não têm local onde fazer as suas refeições. “Acredito que seja uma preferência dos alunos mais velhos, para fazerem as refeições todos juntos e num ambiente de convívio, ao invés de ir ao refeitório. Sendo as refeições gratuitas até ao 9º ano, quem mais come fora da cantina escola são os alunos de secundário. O ano passado havia, em volta da escola, um ou dois estabelecimentos comerciais, incluindo, um café com refeições rápidas e que sei que era muito frequentado pelos jovens”, explicou Miguel Borges, acrescentando que não houve alteração ao número de refeições suportadas pelo município.

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