Sociedade | 25-11-2024 15:00

Projecto de requalificação do centro histórico em Tomar com críticas de moradores

Projecto de requalificação do centro histórico em Tomar com críticas de moradores
Presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão, e o arquitecto Paulo Tormenta

Objectivo principal da obras da Câmara de Tomar é melhorar as infraestruturas e a regularização dos pisos. Alguns munícipes presentes na apresentação não se mostraram satisfeitos com o projecto apresentado.

O projecto de requalificação de arruamentos do centro histórico de Tomar foi apresentado no dia 20 de Novembro, no salão nobre dos Paços do Concelho, mas alguns munícipes presentes não se mostraram satisfeitos com o projecto, apresentando diversas críticas. Após a apresentação, alguns munícipes, na sua maioria moradores do centro histórico, mostraram-se preocupados com o abate de árvores. Também a falta de estacionamento, a colocação de piso propício a quedas e a intervenção prevista para a praceta da entrada da Mata dos Sete Montes foram alvo de críticas.
A intervenção vai incidir, numa primeira fase, nas ruas ainda não intervencionadas para sul da Rua de S. João, e numa segunda fase na Av. Cândido Madureira, Praceta do Infante D. Henrique e Rua dos Arcos. O presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), explicou que os objectivos principais da obra são a melhoria das infraestruturas e a regularização dos pisos. O autarca esclareceu que já há financiamento para a primeira fase das obras, embora, não estando o projecto ainda fechado, seja impossível avançar neste momento com o valor exacto da empreitada. Também referiu que a data de início dos trabalhos é ainda uma incógnita, embora a vontade seja avançar o mais rápido possível, logo que ultrapassados todos os diversos prazos legais.
Coube ao arquitecto Paulo Tormenta apresentar o projecto, que prevê a manutenção do seixo rolado na Rua Dr. Joaquim Jacinto e na Rua do Pé da Costa de Baixo, mas associado à utilização de lajes de pedra em calcário lateralmente, material característico da região e já usado noutras ruas, criando condições para pessoas com mobilidade reduzida. Nas restantes ruas, a calçada vai ser em micro-paralelos, igualmente com lajeado nos lados. A Rua Infantaria 15 vai ter apenas lajeado, sempre com predominância do calcário.
Em relação à segunda fase, a Avenida Cândido Madureira e a Rua dos Arcos vão manter o número de estacionamentos, sendo a bolsa de táxis dividida entre as duas, mas apenas com 12 lugares, ao invés dos actuais 16, tendo em atenção o número de licenças atribuídas.
Em relação ao arvoredo, não vai haver qualquer mexida na Rua dos Arcos. Na antiga Rua da Graça prevê-se que as poucas árvores existentes, mélias e tulipeiros, sejam substituídas por liquidâmbares. O número de árvores a plantar vai ser aproximadamente o quádruplo das existentes. Está ainda prevista uma intervenção na Praceta do Infante D. Henrique, de modo a recuperar a sua monumentalidade original, bem como um espaço de encontro e de fruição, retirando apenas daquele local o estacionamento automóvel e ficando a circulação condicionada, acrescendo igualmente a plantação de algumas árvores.

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