Sociedade | 30-11-2024 10:00

Camionistas do Entroncamento pedem contas a Jorge Faria

Camionistas do Entroncamento pedem contas a Jorge Faria
Ricardo Oliveira reside no Entroncamento e é motorista de veículos pesados. Esteve presente na última reunião camarária para pedir que seja encontrada uma solução para o estacionamento de veículos pesados dos motoristas residentes no concelho

Ricardo Oliveira, motorista de veículos pesados residente no concelho do Entroncamento, esteve na reunião de câmara para pedir uma solução, mesmo que temporária, para o estacionamento de camiões, dizendo que o bloqueio de acessos não resolve o problema.

Ricardo Oliveira, motorista de veículos pesados e morador do Entroncamento, foi à última reunião camarária pedir ao executivo que seja encontrada uma solução temporária para o estacionamento de veículos pesados na cidade, enquanto não se chega a consenso sobre uma medida permanente, uma vez que os blocos de betão que impedem o estacionamento numa zona junto ao E.Leclerc não resolvem o problema.
“O que acontece é que os motoristas, com várias manobras, tentam encaixar o camião no estacionamento, contornando os blocos, ou procuram outros espaços dentro da cidade, como está a acontecer junto ao centro de dia. Ninguém está bem nesta situação, mas enquanto morador da cidade também não gosto de passar perto do centro de dia e do centro de saúde e de ver camiões ali estacionados. Não podemos pagar todos por uns e outros, não acredito que nenhum motorista que more no concelho queira estragar ou sujar”, afirmou.
Para o motorista, a solução passa por disponibilizar um parque temporário para veículos pesados, para posteriormente se criar um parque com melhores condições. “Temos exemplos de municípios aqui ao lado, que criaram esses parques para os motoristas que habitem lá. Foi criado um dístico de identificação do motorista como morador e usam esse parque”, explica Ricardo Oliveira.
O presidente da câmara, Jorge Faria (PS), agradeceu a sugestão, dizendo-se disponível para ouvir e, em conjunto, procurarem uma solução. O autarca garante que nunca prometeu criar um parque, específico, para veículos pesados, mas que já foi sugerido a algumas entidades, como aos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, a criação de um parque dessa natureza. Quanto aos blocos de cimento, Jorge Faria afirma não ter sido uma decisão tomada de ânimo leve, mas necessária para fazer face a um problema de estacionamento abusivo que se arrastava há vários anos.
“Temos permitido o estacionamento naquela zona, mesmo com constantes abusos. Alertámos, várias vezes, sem sucesso, criámos sinalização que também não foi respeitada e os blocos foi a solução tomada em último caso. Insistimos para que não danificassem passeios ou sinais de trânsito mas, sistematicamente, houve pessoas que ignoraram. Foi uma situação que durou mais de seis anos”, disse Jorge Faria.

Jorge Faria descarta responsabilidades
O autarca sugeriu como alternativa o parque de estacionamento da zona industrial, uma vez que, na sua perspectiva, reúne as condições necessárias e que terá mais movimento pelas horas nocturnas, evitando a sensação de insegurança. Jorge Faria defende que não é da responsabilidade do município a criação de um parque vedado e com segurança para estacionamento de veículos pesados, mas admite avaliar sugestões que possam servir para resolver o problema.
Os vereadores da oposição mostraram-se compreensivos com a situação, agradecendo a presença de Ricardo Oliveira e a sua intervenção para um ponto que tem sido recorrente nas sessões camarárias do executivo municipal. Luís Forinho aproveitou para reforçar o ponto exposto por Ricardo Oliveira e voltar a questionar o executivo sobre qual a solução prevista em relação aos estacionamentos de veículos pesados, acreditando que cabe à câmara municipal encontrar solução.

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