Sociedade | 02-12-2024 18:00

Inaugurado novo lar e residência de inclusão em Vila Nova da Barquinha

Inaugurado novo lar e residência de inclusão em Vila Nova da Barquinha
Na Moita do Norte, em Vila Nova da Barquinha, o lar inaugurado tem capacidade para 17 utentes

Concelho de Vila Nova da Barquinha tem um novo lar residencial e uma residência de autonomização e inclusão para pessoas portadoras de deficiência na Moita do Norte.

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) sublinhou o trabalho social que as misericórdias desenvolvem em todo o país, alertando que só com estabilidade e previsibilidade haverá sustentabilidade financeira. “Precisamos de previsibilidade e precisamos de estabilidade porque isso é que nos conduz à sustentabilidade financeira”, afirmou Manuel Lemos à Lusa, à margem da inauguração de um lar residencial e de uma residência de autonomização e inclusão para pessoas portadoras de deficiência em Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, equipamento que representou um investimento na ordem dos 600 mil euros.
“As misericórdias portuguesas são as grandes especialistas em cuidar dos mais idosos e dos mais frágeis, como as que sofrem de deficiência, mas também cuidamos das crianças, dos jovens em risco, e tudo isto cria uma situação social difícil, no nosso universo, e nós precisamos da cooperação do Estado. Ou melhor, o Estado precisa da nossa cooperação”, notou.
Dividido em dois espaços, o lar inaugurado tem capacidade para 12 utentes em regime de internato e para cinco utentes em regime de autonomização, num projecto iniciado em 2016 pela Associação de Paralisia Cerebral de Vila Nova da Barquinha e que acabou por ser concluído em parceria com várias entidades, entre elas a Santa Casa da Misericórdia, que vai gerir o equipamento, o município, que contribuiu com cerca de 300 mil euros, e a Segurança Social, com 307 mil euros, através do programa PARES, e outros apoios da comunidade e juntas de freguesia.
A directora da Segurança Social de Santarém, presente na cerimónia, disse à Lusa que o equipamento “é um exemplo do melhor que se pode fazer, num trabalho de parceria entre a Santa Casa, município e Segurança Social, e que oferece duas respostas, uma delas bastante inovadora, que é esta questão da residência e da inclusão com autonomização”. Paula Carloto, que gostaria de ter “muitas IPSS a desenvolver este tipo de resposta”, disse que as necessidades são muitas e que instituição que gere está “a fazer um esforço para criar o maior número de respostas possível” no distrito. “Estamos a fazer um esforço articulado de criar uma série de respostas para várias necessidades, tendo elas a ver com pessoas com deficiência, com idosos, crianças ou requerentes e beneficiários da proteção internacional”, declarou.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia destacou a “satisfação” pela concretização de “um antigo anseio e uma necessidade de Vila Nova da Barquinha e da região” envolvente. Hélder Brito disse ainda à Lusa que a Santa Casa vai avançar para outro projecto, ao nível de uma unidade de cuidados continuados, com capacidade para 90 camas, num novo projecto de parceria, desta vez com a Santa Casa da Misericórdia de Tomar.

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