Sociedade | 03-12-2024 16:42

Centro Social do Pego vai recorrer a Fundo de Socorro para lutar contra problemas financeiros

Centro Social do Pego vai recorrer a Fundo de Socorro para lutar contra problemas financeiros

Presidente António Mor admite que o Governo é um dos principais responsáveis pela situação da instituição do concelho de Abrantes. Concelhia de Abrantes do PCP partilhou um comunicado a dar conta das questões colocadas ao Governo sobre a situação financeira do Centro Social do Pego.

O presidente do Centro Social do Pego, António Mor, reconheceu a O MIRANTE os graves problemas financeiros que a instituição atravessa e admite recorrer ao Fundo de Socorro Social por acreditar ser o único canal que pode ajudar a manter a instituição em funcionamento. António Mor explica ter tomado conhecimento de um comunicado partilhado pelo Partido Comunista Português (PCP), garantido que tem imprecisões. “Informa uma verdade, mas com muitas inverdades e imprecisões. Parece-me haver algum aproveitamento de algumas pessoas e isso deixa-me triste. Mas a verdade, como sempre, acabará por vir ao de cima”, vinca António Mor.
O dirigente afirma que o Governo é um dos principais responsáveis pelo estado financeiro do Centro Social do Pego. “Os valores das nossas receitas estão tabelados e quem quiser ver pode verificar que o valor comparticipado pelo Estado é aquém do que é necessário para as despesas inerentes ao normal funcionamento do centro social”, lamenta o presidente da instituição, acrescentando que não está nem nunca esteve em causa o atendimento e serviço aos utentes, apesar das dificuldades. “Temos duas respostas sociais que estão a dar prejuízo. Mas os nossos trabalhadores, apesar das dificuldades, reconhecem a garantia de emprego que aqui têm e o serviço nobre de quem têm sido muito úteis a quem mais precisa”, remata.
Recorde-se que a Comissão Concelhia de Abrantes do Partido Comunista Português (PCP), publicou, no dia 2 de Dezembro, um comunicado em que dá conta de ter contactado o Governo sobre a situação financeira crítica do Centro Social do Pego. Segundo o comunicado, os trabalhadores enfrentam atrasos no pagamento do subsídio de férias de 2024, subsídio de Natal de 2023 e correm o risco de não receber o subsídio de Natal de 2024. O Centro Social do Pego aprovou, em 2022, a aquisição de um empréstimo bancário de 120 mil euros para equilibrar as contas e fazer face às despesas correntes da instituição. O Centro Social do Pego engloba creche e jardim-de-infância, lar residencial (ERPI), centro de dia e apoio domiciliário, prestando serviço a cerca de duas centenas de utentes.

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