Executivo de Azambuja deixa caducar acordo para novo quartel da GNR em Aveiras de Cima
PSD de Azambuja acusa o executivo socialista de não ter entregado o projecto e cedido o terreno para o novo posto da GNR em Aveiras de Cima no prazo estipulado. Presidente do município diz que projecto demorou dois anos a ser aprovado. Novo quartel é ambição antiga.
O Partido Social Democrata acusou a maioria socialista que governa o município de Azambuja de ter deixado caducar o protocolo celebrado entre a câmara municipal e o Ministério da Administração Interna (MAI), assinado em 2020, tendo em vista a construção do novo quartel da GNR em Aveiras de Cima. A GNR, receorde-se, está instalada num edifício de habitação unifamiliar que, em tempos, foi a sede da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima.
Segundo os sociais-democratas, as obrigações previstas no acordo, ou seja, a cedência de terreno e a entrega das primeiras peças do projecto, não foram cumpridas no prazo estipulado, de dois anos, tendo apenas sido entregues ao MAI em Novembro de 2023, “um ano depois da data da caducidade”.
“Desde Setembro passado, em várias declarações públicas, nomeadamente na comunicação social, o presidente da câmara Silvino Lúcio tem dito que o município cumpriu as suas obrigações e que a bola agora está do lado do ministério”, critica o PSD. O partido acrescenta que numa tentativa de esclarecer a situação, o deputado António Rodrigues apresentou um conjunto de perguntas à ministra da Administração Interna referentes à construção das novas instalações para a GNR em Aveiras de Cima.
Para a presidente do PSD de Azambuja, Margarida Lopes, “as obras para o novo quartel da GNR em Aveiras parecem ser mais uma trapalhada da câmara PS, como tem acontecido com as obras na Escola Secundária de Azambuja ou o prometido investimento de cinco milhões de euros em habitação até 2024”.
“Anúncios, promessas e desculpas são às dezenas, obras nem vê-las”, refere Margarida Lopes, citada num comunicado da concelhia do PSD, no qual defende a importância de os militares da GNR terem instalações dignas, salientando que, contudo, de nada adianta um novo quartel se não houver “militares, carros e combustível para fazer o patrulhamento que é preciso”.
Projecto levou dois anos a ser aprovado
Numa das últimas sessões da Assembleia Municipal de Azambuja, o presidente da câmara acusou o PSD de “inverdades” sobre este e outros temas abordados na intervenção da bancada laranja, afirmando que o projecto para a construção do novo quartel demorou dois anos a ser aprovado. “Aprovaram projecto no início de 2024”, disse.
Em Setembro último, recorde-se, o autarca referiu que a ministra da Administração Interna, se mostrou receptiva para apoiar financeiramente a construção do novo quartel da GNR de Aveiras de Cima e que possivelmente incluirá dois milhões de euros em orçamento para a tão desejada obra.