Concurso público falha e obriga Alenquer a ajuste direto para iluminações de Natal
A Câmara Municipal de Alenquer prevê que as luzes de Natal na vila e em Paredes estejam operacionais até ao final da próxima semana, após atrasos causados pela empresa vencedora do concurso público.
A ausência de iluminação durante a inauguração de “Alenquer, Presépio de Portugal” gerou críticas e tristeza entre os alenquerenses, levando a autarquia a recorrer a um ajuste direto e a prometer denunciar o incumprimento ao IMPIC. O caso está a gerar debate sobre a gestão e os prazos do concurso.
A Câmara Municipal de Alenquer estima que as luzes de Natal na vila e em Paredes sejam colocadas até ao final da próxima semana. Recorde-se que a empresa que ganhou o concurso público para colocar as luzes de Natal na vila e que deviam estar operacionais na data da inauguração de “Alenquer, Presépio de Portugal”, dia 30 de Novembro, falhou. A ausência de luzes nas ruas motivou o descontentamento e até tristeza dos alenquerenses, tendo em conta que o Natal é um cartão de visita do município, conhecido pela vila presépio.
Em declarações a O MIRANTE o presidente da câmara, Pedro Folgado disse que a Essencial Fantasy LDA, de Vale de Cambra, falhou e que a solução foi fazer um ajuste directo com outro prestador de serviços. O autarca vai denunciar o incumprimento ao
Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) na exceptiva do empresário ser responsabilizado.
O vereador do PSD, Nuno Miguel Henriques defendeu que o concurso público para a adjudicação das luzes de Natal devia ter sido lançado mais cedo e não apenas dia 4 de Novembro, conforme consta em Diário da República. Os interessados podiam concorrer até dia 10 de Novembro sendo que o despacho do presidente foi feito dia 27 de Novembro, três dias antes da inauguração da vila presépio. O vereador considera que foi tudo feito “em cima do joelho” e que a câmara não acautelou eventuais problemas.
Sobre se o concurso devia ou não ter sido lançado com mais tempo de antecedência Pedro Folgado defende que poderia acontecer o mesmo e que não dá para se fazer “futurologia”. “Se ganhou o concurso tinha de executar o contrato mesmo ainda não o tendo assinado nem enviado a documentação, por isso vamos denunciar ao IMPIC porque não andamos a brincar aos contratos. se não estavam interessados não concorriam”, afirmou o edil.