Sociedade | 09-12-2024 18:00
Médio Tejo reafirma aposta em "região hidrogénio" com criação de cadeia de valor
Projectos da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo no âmbito do hidrogénio têm tido efeito muito positivo na comunidade.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Médio Tejo avançou que obteve resultados “muito positivos” num projecto-piloto de uso de hidrogénio no transporte público de passageiros e defendeu a criação de uma cadeia de valor do hidrogénio. “O que a região precisa que aconteça é a criação desta cadeia de valor, em que uns produzem e outros consomem”, disse à Lusa o presidente da CIM Médio Tejo, tendo afirmado que o trabalho em curso passa por incentivar as empresas e a indústria a utilizar o hidrogénio como fonte de energia, assim como na área da mobilidade”.
Numa conferência de imprensa conjunta com os principais parceiros da afirmação do Médio Tejo como região hidrogénio, a MédioTejo21 e a IrRADIARE, Manuel Jorge Valamatos afirmou que se está a trabalhar para que, no momento em que se comece a produzir hidrogénio, haja também quem o consuma. Depois de uma experiência muito positiva com um autocarro de passageiros movido a hidrogénio a circular no Médio Tejo, durante um ano, num projecto piloto de teste e de sensibilização às empresas e à comunidade, concluído em Novembro, o projecto continua, com parcerias internacionais, focado na criação de uma cadeia de valor.
“A concessionária de transportes do Médio Tejo está a fazer candidaturas para poder ter autocarros movidos a hidrogénio, assim como queremos que as empresas possam fazer candidaturas para adaptar as suas estruturas ao hidrogénio”, declarou Valamatos, tendo reiterado a importância da lógica da relação entre produção e consumo e o papel do hidrogénio enquanto fonte de energia alternativa aos combustíveis fósseis. O autarca lembrou que a região do Médio Tejo “foi reconhecida como região portuguesa do hidrogénio em 2017”, através do protocolo assinado com a então denominada FCH-JU, hoje Clean Hydrogen Partnership, “por serem reconhecidas as potencialidades desta região e o papel que o hidrogénio desempenha na descarbonização de vários sectores da economia”, em particular da indústria e dos transportes.
Segundo o presidente da CIM, “desde então tem-se vindo a trabalhar na definição de uma estratégia para a transição energética, assente na inovação e na criação de uma cadeia de valor do hidrogénio” no Médio Tejo. Um dos objectivos da conferência de imprensa, declarou, “é dar a conhecer que a CIM Médio Tejo, com os diversos parceiros, está a criar esta região de hidrogénio, para a qual procuram financiamento e investimento para os projectos de produção e para os projectos de consumo”.
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