Corte do policiamento de proximidade em Alhandra e Sobralinho gera queixas
Três agentes que estavam destacados para este serviço à comunidade foram encaminhados para outras funções e a situação está a gerar críticas nos autarcas das duas uniões de freguesia.
Os três agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) que estavam afectos ao policiamento de proximidade em Alhandra e no Sobralinho, concelho de Vila Franca de Xira, deixaram de prestar esse serviço desde o início de Dezembro, situação que tem gerado queixas na comunidade e nos autarcas.
A decisão, apurou O MIRANTE, foi também alvo de queixas no último Conselho Municipal de Segurança realizado no final da última semana. O policiamento de proximidade visa aumentar e melhorar a relação da PSP com a comunidade, permitindo uma maior prevenção da criminalidade e esse serviço inclui, entre outros, apoio aos idosos, apoio à vítima, escola segura e comércio seguro, bem como uma maior atenção aos casos de violência doméstica.
As equipas de proximidade são também responsáveis pela segurança e policiamento de proximidade de acordo com o diagnóstico de segurança efectuado em cada unidade de polícia, visando a prevenção e vigilância em áreas comerciais, vigilância em áreas residenciais maioritariamente habitadas por cidadãos idosos, prevenção da violência doméstica, apoio às vítimas de crime e acompanhamento pós-vitimação e identificação de problemas que possam interferir com a segurança dos cidadãos.
Mário Cantiga, presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, diz ao nosso jornal estar muito preocupado com a medida e com o fim desse policiamento, prometendo questionar a PSP sobre a decisão de o terminar.
Também Cláudio Lotra, presidente da vizinha União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, diz não ficar agradado com a medida e preocupado com a situação. “Não sendo a situação ideal, que era ter estas equipas em permanência no nosso território, compreendemos a necessidade da PSP rentabilizar recursos. Mas se estivessem em permanência estaríamos bem mais descansados”, lamenta.
O MIRANTE questionou o comando da PSP sobre este assunto mas não recebeu qualquer resposta até ao fecho desta edição. Apurámos, no entanto, que o assunto foi abordado no último Conselho Municipal de Segurança, realizado à porta fechada com os autarcas, e que o comandante da PSP de Alverca, Manuel Rodrigues, foi confrontado com as queixas dos autarcas. Na resposta, o responsável justificou a decisão com o facto de se tratar de uma equipa móvel que vai sendo destacada para onde for mais necessária, tendo já solicitado um levantamento em todas as esquadras do trabalho do policiamento de proximidade realizado no último mês. O responsável assegurou aos autarcas que a avaliação da equipa é feita em permanência e que, se necessário, os agentes do policiamento de proximidade voltarão a Alhandra e Sobralinho. O MIRANTE apurou que, perante esta resposta, os autarcas exigiram que a PSP os informe sobre as diligências que tomará para manter esta resposta à comunidade.