Vazadouro junto a casas e escola gera queixas de moradores no Sobralinho
Quem vive perto diz que há vários meses que o espaço não é limpo acumulando cheiros e sujidade, incluindo pragas de ratos. Presidente da junta diz entender as queixas mas lamenta falta de alternativas.
Ervas e entulhos de obras estão a ser acumulados há vários meses no vazadouro da junta de freguesia no Sobralinho e quem vive perto do espaço queixa-se da insalubridade, dos maus cheiros e pede a relocalização do espaço para outro local onde gere menos incómodos. O vazadouro existe há várias décadas naquela zona, num terreno da câmara municipal cedido à junta de freguesia e que fica ao lado da Auto-Estrada do Norte (A1) e do pavilhão municipal do Sobralinho. O vazadouro foi criado ainda antes da escola básica ali existente e dos actuais prédios terem sido construídos. O problema, dizem alguns moradores, é que o espaço costumava ser limpo com frequência mas que há “seis ou sete meses” que não é feita ali qualquer limpeza, situação que dizem estar a contribuir para a proliferação de ratos e outros infestantes.
“Está a gerar má qualidade de vida a quem aqui vive. Imagine abrir a janela e ver aquele monte de lixo. Está na hora da junta procurar uma alternativa”, lamenta Rosário Nunes, moradora na zona. Também outro morador, João Ribeiro, alerta a O MIRANTE para os perigos do espaço, garantindo que muitas vezes os ratos entram dentro do perímetro da escola. Além disso, a falta de um cadeado que feche o recinto é também motivo de queixas, já que muitas vezes o portão fica aberto permitindo que qualquer pessoa ou criança aceda ao espaço.
A limpeza do vazadouro é assegurada por uma retroescavadora e um camião que a câmara municipal empresta às juntas de freguesia para estas poderem retirar os resíduos e levarem-nos para aterro. O problema é que em Janeiro deste ano, das duas retroescavadoras que a câmara possuía, uma sofreu uma avaria grave e foi abatida, sobrando apenas uma para servir todas as juntas de freguesia e os trabalhos da própria câmara, o que dificulta o agendamento da operação. Cláudio Lotra, presidente da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, confirma a O MIRANTE já ter recebido queixas de moradores do espaço e diz entender a situação, garantindo que o executivo já estudou a possibilidade de deslocalizar o vazadouro mas que não há outras alternativas na zona.
O autarca diz estar a tentar minimizar os impactos do vazadouro e condena o vandalismo que tem sido feito ao portão. “Já colocámos dezenas de cadeados mas existem pessoas, inclusive alguns vizinhos, que se divertem a arrombar os cadeados para ir lá meter dentro do vazadouro outras coisas que não devem, como electrodomésticos e colchões. Praticamente todos os meses somos confrontados com situações destas, de utilização ilegal de uma propriedade que não está afecta a esse fim”, condena.