Videovigilância vai ajudar a entender agressões à porta de supermercado na Póvoa de Santa Iria
Um homem foi filmado por populares a puxar os cabelos e a agredir à chapada e ao soco uma mulher no parque de estacionamento de um supermercado na Póvoa de Santa Iria.
Um homem foi filmado por populares a puxar os cabelos e a agredir à chapada e ao soco uma mulher no parque de estacionamento de um supermercado na Póvoa de Santa Iria e o caso está a ser investigado pela Polícia de Segurança Pública. A O MIRANTE, fonte da PSP confirma que as imagens, que começaram a circular nas redes sociais no último fim-de-semana, já estão a ser analisadas para se tentar chegar a uma identificação do suspeito, mas diz desconhecer quando é que foram captadas. A PSP diz que já foi dado conhecimento das diligências ao Ministério Público mas um primeiro passo das autoridades policiais é perceber até que ponto as imagens são actuais e para isso as câmaras de videovigilância do supermercado podem ajudar.
Para já, tudo aponta para um caso de violência doméstica envolvendo, além da mulher, uma criança pequena. Nas imagens é visível um homem de fato de treino a arrastar uma mulher e a tentar metê-la dentro do carro contra a sua vontade, enquanto várias outras pessoas estão nas proximidades a assistir à cena sem nada fazerem. A vítima resiste mas é agarrada pelos cabelos até a criança sair do carro a gritar e a pedir que o agressor liberte a mulher. O homem larga a vítima, mas pouco depois, quando esta tenta fugir, para dentro do supermercado, o homem corre para a agarrar, dá-lhe um soco, puxa-lhe os cabelos e força-a a voltar para trás. Nesse momento quem está a filmar as agressões grita para que alguém chame a polícia mas nada acontece.
Os dados mais recentes da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género relativos a 2024, indicam que entre Janeiro e Setembro ocorreram 18 homicídios (15 mulheres e três homens) em contexto de violência doméstica. Um dos casos ocorreu em Julho, no Pego, concelho de Abrantes, onde uma mulher de 34 anos acabou por morrer no hospital depois de ter sido baleada pelo companheiro.