Convento de Cristo vai ter obras de reabilitação de 5,2 milhões de euros
Convento de Cristo, em Tomar, teve 311 mil visitantes em 2023, uma subida de 50 mil em comparação com o ano anterior. Vai sofrer obras de reabilitação que vão proporcionar nova experiência os visitantes.
O Convento de Cristo, em Tomar, vai receber em 2025 duas empreitadas de reabilitação e requalificação orçamentadas em 5,2 milhões de euros, financiadas a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “No âmbito do PRR, [a intervenção] no Convento de Cristo compreende duas acções: a conservação e restauro dos claustros (D. João III e Santa Bárbara) e a reabilitação do Paço Henriquino e Alcáçova/Castelo e Requalificação do jardim”, disse à Lusa fonte oficial do instituto público Património Cultural, tendo indicado que o lançamento dos respectivos concursos para a execução das empreitadas, “cujo termo deverá ser em Março de 2026”, aguarda publicação em Diário da República de um despacho que elimina a etapa de revisão do projecto.
Os prazos acabam, assim, por ser encurtados, com a promulgação, a 2 de Dezembro, pelo Presidente da República, da “dispensa da Revisão de Projecto de Execução em projectos financiados ou cofinanciados por fundos europeus”, sendo possível proceder à abertura de concurso público mais cedo, isto é, logo que saia a publicação em Diário da República. O Convento de Cristo dispõe, no âmbito do PRR, de uma verba de 5,2 milhões de euros, estando a empreitada do Paço Henriquino estimada em 3,3 milhões e a dos claustros em 1,5 milhões de euros. Existe ainda como despesa elegível outras despesas agregadas, como a contratação de projectos e estudos, a fiscalização da obra ou a revisão de preços no final da obra.
Em comunicado, a directora do Convento de Cristo, Andreia Galvão, precisou que o “Projecto de Reabilitação do Paço Henriquino, Alcáçova/Castelo e Requalificação do Jardim” visa proceder à requalificação do Convento de Cristo, nomeadamente nas áreas da antiga Alcáçova e Castelo Templário, assim como do designado Paço Henriquino. No castelo, actualmente em ruína, a intervenção vai permitir criar uma entrada e uma distribuição dos visitantes por dois circuitos, um resultante da herança templária (antiga fortaleza e paço) e outro da Ordem de Cristo (complexo monástico). Esta intervenção, estender-se-á também à valorização e requalificação da antiga Praça de Armas. Nestes espaços, “até hoje arredados do público, surgirão novos percursos, proporcionando renovadas leituras do edificado, a par de modernas e funcionais valências de apoio à visita”, afirmou Andreia Galvão.
Também a Janela Manuelina do Convento de Cristo - Janela do Capítulo - envolvida no plano diretor para o monumento, foi alvo de obras de intervenção e restauro, concluídas este ano, numa empreitada de um milhão de euros e que incluiu as fachadas e coberturas da igreja.