Sociedade | 16-12-2024 07:00

Urbanização Quinta do Lagar está por acabar há 11 anos e moradores não se conformam

Urbanização Quinta do Lagar está por acabar há 11 anos e moradores não se conformam
O morador Carlos Santos não quer que a culpa morra solteira. Autarca de Alenquer, Pedro Folgado, promete resolver assunto no primeiro trimestre de 2025

A urbanização da Quinta do Lagar, em Abrigada e Cabanas de Torres, está inacabada há 11 anos porque o promotor não concluiu os trabalhos e o município não tomou medidas para resolver a situação. O relatório técnico da Câmara de Alenquer não trouxe novidades, o que motivou críticas da oposição e dos moradores. O presidente Pedro Folgado promete resolver o problema em 2025.

Carlos Santos voltou à reunião do executivo da Câmara de Alenquer para questionar o executivo acerca dos problemas na urbanização da Quinta do Lagar, localizada na União de Freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, que se encontra por acabar há vários anos. O munícipe levanta questões há oito meses nas reuniões de câmara e voltou para falar sobre o relatório que recebeu da autarquia sobre a urbanização. No documento, Carlos Santos disse que o município está a chutar a responsabilidade para o promotor do loteamento mas fica por esclarecer por que razão a autarquia deu 180 dias ao promotor para concluir os trabalhos e passaram onze anos sem que nada tenha acontecido. “Qualquer um fica indignado com esta câmara. Temos um promotor que não termina a obra e recebe dinheiro que não devia e ao fim de 11 anos ainda não acabou os trabalhos”, lamentou.
De acordo com um levantamento feito pela Câmara de Alenquer, para fazer a recepção final da obra, falta executar muros de suporte na Rua das Oliveiras; verificar o estado dos passeios, estacionamento e arruamentos; executar arranjos exteriores (espaços verdes); executar sinalização horizontal; e saber o estado da rede doméstica e pluvial. É necessário também avaliar a quem cabe a responsabilidade de construir muros de suporte ao longo da linha de água para protecção dos terrenos contíguos à ribeira, o que, segundo a autarquia, deve ser feito pelo promotor em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (por causa do domínio hídrico).
Recorde-se que foi chumbada em reunião de câmara, pela maioria socialista, a proposta do PSD para ser realizada uma auditoria externa sobre o processo da urbanização. Na altura, o presidente do município, Pedro Folgado (PS), justificou com uma auditoria interna que estava a ser feita pelos técnicos e que ia ser apresentada publicamente.
Pedro Folgado disse agora que afinal não se trata de uma auditoria mas sim de um relatório com a análise que foi feita aos dossiês e documentos. “É com este material que temos de trabalhar. Não sei se é uma auditoria mas o promotor foi envolvido e vai haver reuniões para aferir a responsabilidade de cada parte. Juridicamente não sei de quem é a responsabilidade pelo não cumprimento dos prazos. Tenho noção que passaram onze anos, mas não sei”, respondeu ao munícipe.

Relatório não acrescenta nada de novo
As explicações do edil não convenceram a oposição com o vereador do PSD, Nuno Miguel Henriques, a relembrar que o termo auditoria interna foi usado pelo próprio presidente. “Com todo o respeito pelo munícipe, mas anda aqui há oito meses a falar do mesmo, há mais assuntos para tratar no concelho. Isto não é uma auditoria é um relatório. É um preâmbulo do que precisamos”, reiterou.
No mesmo sentido foi o vereador da CDU, Ernesto Ferreira, que lamentou que o documento produzido pelos técnicos seja apenas a descrição de factos de processos, não acrescentando nada de novo. “Lamento, mas limita-se a fazer uma resenha dos factos. Independentemente de se fazer inquéritos ou auditorias é resolver o problema. Isto não é inquérito nenhum e não responde ao essencial”, sublinhou. Pedro Folgado prometeu resolver este problema definitivamente e estimou encerrar o processo no primeiro trimestre de 2025.

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