Vítimas de violência à espera em corredor gera queixas em Vila Franca de Xira
Tecto falso das instalações da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens desabou com as chuvas fortes e município encontrou solução provisória enquanto vão decorrer as obras que não estão a gerar consensos.
As vítimas de maus tratos, abusos e violência doméstica no concelho de Vila Franca de Xira estão a aguardar ser atendidos numa sala de espera situada num corredor de acesso a um edifício municipal, num espaço improvisado e alegadamente com pouca privacidade depois de ter desabado o tecto falso do edifício da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) no final de Novembro.
A situação está a gerar queixas que já começaram a ser enviadas para o executivo municipal e uma delas chegou também a O MIRANTE, com alguns profissionais a lamentarem a solução provisória escolhida para manter a CPCJ a funcionar. “É grave e lamentável a sala de espera, com os utentes num espaço improvisado no corredor de entrada, à vista de todas as pessoas que trabalham nos vários departamentos, correndo o risco de serem reconhecidos por quem lá passa e sem terem o merecido direito ao sigilo e privacidade”, alerta uma profissional ao nosso jornal.
A sede da CPCJ, situada na rua Jacinto Nunes, há muito que precisava de obras de requalificação e, a 25 de Novembro, as chuvas fortes levaram à derrocada do tecto falso e à entrada de água nas instalações, tornando-as inutilizáveis. Entretanto, para remediar a situação, o município colocou as técnicas da comissão num espaço municipal situado na rua Noel Perdigão, partilhado com outros departamentos municipais.
* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE