Julgamento do caso de António Campos contra a Nersant em fase de sentença
Na sessão desta quarta-feira os advogados de António Campos e de Domingos Chambel fizeram as alegações finais
O julgamento do caso do despedimento por justa causa de António Campos de presidente da Comissão Executiva da Associação Empresarial da Região de Santarém – Nersant, terminou esta quarta-feira, 18 de Dezembro, com o testemunho do vice-presidente Filipe Marques na direcção liderada por Domingos Chambel, na altura em que António Campos se despediu alegando que estava a ser humilhado pelo presidente da direcção.
Na sessão desta quarta-feira os advogados de António Campos e de Domingos Chambel fizeram as alegações finais, aguardando-se agora a sentença que provavelmente será proferida em Janeiro. A juíza do processo vai ter de decidir se existiu justa causa no despedimento e se atribui a indemnização de cerca de 200 mil euros pedida por António Campos, que trabalhou durante 24 anos na Nersant.
Também no final do julgamento os réus decidiram abdicar do testemunho de Joaquim Garrido, o dono da gráfica para onde Domingos Chambel decidiu mudar a produção da revista da associação, que tinha sido lançada por António Campos que era também o responsável pela sua orientação e execução.
Da parte do autor da acção alegou-se que a direcção pretendeu retirar as funções a António Campos ao ponto de querer que este fosse um mero “fantoche” da direcção à espera que lhe atribuíssem uma actividade, quando o presidente da comissão executiva tinha tarefas específicas que estavam estabelecidas pela própria organização. Da parte de Domingos Chambel, o advogado deste considerou que o que aconteceu foi que António Campos não se adaptou a uma nova dinâmica de gestão, realçando ainda que o tribunal não deve aceitar a justa causa porque a carta de despedimento não corresponde aos requisitos legais, ao não invocar factos concretos.