Jorge Zacarias diz que Euterpe não vai cair num vazio directivo
Presidente da Euterpe Alhandrense durante mais de 30 anos, Jorge Zacarias admite que a sua presença está a prejudicar a colectividade e promete encontrar quem lhe suceda no cargo.
Como é que uma pessoa como o Jorge Zacarias, que foi presidente da Euterpe de 1990 a 2009 e depois de 2011 até agora, não consegue encontrar quem o substitua no cargo? Acho que não devia, até ao momento em que se esgotou o período de apresentação de listas, desenvolver contactos para arranjar uma lista, sob pena de ser acusado de querer dar continuidade à minha presença na direcção através de outras pessoas. A minha continuidade seria o natural se não tivesse havido uma relação com a câmara que me desiludiu profundamente e me levou a tomar esta decisão de sair. Não me identifico com quem diz que a culpa da casa cair num vazio directivo é minha. Até porque isso nunca acontecerá. Cabe aos sócios decidir e vamos encontrar novas pessoas para continuar o trabalho.
Foi adjunto do actual presidente da câmara, Fernando Paulo, e do antecessor, Alberto Mesquita. Trabalhou com quatro presidentes de câmara. Subitamente deixou de conseguir falar com a autarquia. Como é que perdeu esse contacto? Foi a câmara e este executivo que deixou de falar com a Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA). Mantivemos sempre a mesma postura com todos os executivos. Mas nunca a SEA foi tão destratada. Só queremos ser tratados como as outras colectividades. E que quando fazemos reuniões e nos dizem que vão pensar no que pedimos, que efectivamente tenhamos alguma resposta, o que não tem acontecido. Estamos no final de Dezembro, escrevemos há dois meses à câmara a pedir o habitual apoio para o Carnaval e não tivemos nenhum feedback. Continuamos dependentes da boa vontade da câmara.