Sociedade | 24-12-2024 15:00

Nova escola superior de Abrantes mobiliza autarcas e politécnico

Nova escola superior de Abrantes mobiliza autarcas e politécnico
Lançamento da empreitada da nova Escola Superior de Tecnologia deverá ser aprovado na primeira reunião da câmara de Abrantes em 2025

Futura Escola Superior de Tecnologia vai envolver um investimento de cerca de oito milhões de euros, integrado no Fundo de Transição Justa. Concurso da obra deverá ser lançado em Janeiro do próximo ano.

A Câmara Municipal de Abrantes anunciou a aprovação de uma candidatura ao Fundo de Transição Justa (FTJ) para a requalificação da Escola Superior de Tecnologia (ESTA), num investimento na ordem dos oito milhões de euros. “Sempre olhámos para o Fundo de Transição Justa (FTJ) como um mecanismo financeiro capaz de deixar também aqui uma marca em Abrantes e na região do ponto de vista público, e o dinheiro que o FTJ tem para apoiar as empresas é muito importante para criar novos postos de trabalho, para mitigar verdadeiramente o impacto do encerramento [da central] do carvão”, disse à Lusa o presidente do município, Manuel Valamatos.
A autoridade gestora do Programa Regional do Centro (Centro2030) anunciou que iria submeter à Comissão Europeia (CE) a candidatura à criação da futura ESTA, no âmbito do FTJ e das compensações económicas e sociais decorrentes do encerramento, em 2021, da central a carvão no Pego. “Prosseguimos este caminho há muito tempo, desde o dia do encerramento da central a carvão, desde o dia em que percebemos que iria haver um fundo financeiro para a mitigação do impacto do encerramento do carvão. Desde essa altura percebemos que tínhamos de trabalhar de forma intensa para conseguir os melhores resultados para o território”, disse o autarca, apontando para o próximo Janeiro o lançamento do concurso da obra.
“Temos o projecto terminado, estamos (…) a reunir condições para que, na primeira reunião de câmara de Janeiro possamos aprovar o lançamento da empreitada da nova Escola Superior de Tecnologia”, declarou. Sublinhando que o anúncio da aprovação do investimento decorre no ano em que a ESTA cumpre 25 anos, em instalações provisórias, Valamatos apontou ao “tempo bastante de maturidade, do ponto de vista científico e pedagógico” (…) para que novas oportunidades se possam lançar e novos desafios sejam colocados com as futuras condições infraestruturais.
A proposta visa agregar todas as valências da ESTA, que actualmente se encontram dispersas em vários edifícios no centro da cidade, no TagusValley – Parque de Ciência e Tecnologia de Abrantes, num projecto que quer “reabilitar e juntar espaços que estão disponíveis para formação profissional”.
O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a autarquia, que anunciaram uma candidatura conjunta, querem dotar “o Médio Tejo de instalações adequadas e cursos superiores que possibilitem formação especializada através de capacitação destes ex-activos [da central do Pego] para novas actividades e ajudem a captar, fixar pessoas e criar emprego”. O presidente da Câmara de Abrantes lembrou que “o encerramento da Central Termoelétrica a carvão deixou um rasto de perda significativa na economia” local e regional, que estimou em “muitos milhões de euros”, tendo defendido que “uma das formas de mitigar os prejuízos para toda a região será, seguramente, através do ensino superior, da capacitação de pessoas, do conhecimento, da ciência e da tecnologia”.

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