Sociedade | 26-12-2024 10:00

Julgamento do despedimento do director executivo da Nersant em fase de sentença

Julgamento do despedimento do director executivo da Nersant em fase de sentença
António Campos, ex-presidente da comissão executiva da Nersant

No início do ano de 2025 a juíza do caso que opõe o ex-presidente da comissão executiva da Nersant, António Campos, ao anterior presidente da direcção da associação empresarial, vai decidir se houve justa causa no despedimento apresentado por António Campos, que estava há 24 anos na organização.

O julgamento do caso do despedimento por justa causa de António Campos de presidente da Comissão Executiva da Associação Empresarial da Região de Santarém – Nersant, terminou quarta-feira, 18 de Dezembro, com o testemunho do vice-presidente Filipe Marques na direcção liderada por Domingos Chambel, na altura em que António Campos se despediu alegando que estava a ser humilhado pelo presidente da direcção.
Na sessão de quarta-feira os advogados de António Campos e de Domingos Chambel fizeram as alegações finais, aguardando-se agora a sentença que provavelmente será proferida em Janeiro. A juíza do processo vai ter de decidir se existiu justa causa no despedimento e se atribui a indemnização de cerca de 200 mil euros pedida por António Campos, que trabalhou durante 24 anos na Nersant.
Também no final do julgamento os réus decidiram abdicar do testemunho de Joaquim Garrido, o dono da gráfica para onde Domingos Chambel decidiu mudar a produção da revista da associação, que tinha sido lançada por António Campos que era também o responsável pela sua orientação e execução.
Da parte do autor da acção alegou-se que a direcção pretendeu retirar as funções a António Campos ao ponto de querer que este fosse um mero “fantoche” da direcção à espera que lhe atribuíssem uma actividade, quando o presidente da comissão executiva tinha tarefas específicas que estavam estabelecidas pela própria organização. Da parte de Domingos Chambel, o advogado deste considerou que o que aconteceu foi que António Campos não se adaptou a uma nova dinâmica de gestão, realçando ainda que o tribunal não deve aceitar a justa causa porque a carta de despedimento não corresponde aos requisitos legais, ao não invocar factos concretos.
Enquanto se aguarda a sentença, a associação empresarial está a braços com mais um processo, este movido pelo fundador e ex-vice-presidente, António Rodrigues, por dívidas à sua empresa que fazia a contabilidade da Nersant desde o início. Em causa estão dezenas de milhares de euros de dois anos de contabilidades da Turrisconta sem serem pagos.
Ao logo do julgamento as posições dividiram-se, com as testemunhas indicadas por Domingos Chambel a dizerem que o que está em causa é o facto de António Campos não se ter adaptado ao estilo da nova direcção e que o seu trabalho foi sempre elogiado pelo presidente. Já as testemunhas do ex-presidente da comissão executiva, que estava há 24 anos na Nersant, descreveram, entre as quais dois vice-presidentes da altura, João Lucas e Diogo Ramos, disseram que a gestão de Chambel se caracterizou por um estilo autoritário. Também o ex-tesoureiro disse que o mandato se caracterizou por brigas palacianas que fizeram a Nersant perder o foco e a alma, “sendo hoje significativamente mais fraca na sua acção”.

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