Sociedade | 29-12-2024 12:00

Contratação de assistentes operacionais gera controvérsia na Câmara do Entroncamento

Proposta prevê contratação de cinco assistentes operacionais de educação, para os refeitórios escolares do Entroncamento. Oposição já tinha sugerido a contratação de mais operacionais mas a proposta foi ignorada pelo presidente Jorge Faria (PS), que foi acusado de desconhecer a realidade.

A contratação de assistentes operacionais, na área de educação, para o mapa de pessoal da Câmara do Entroncamento, foi um dos temas mais controversos na última reunião do executivo municipal. A oposição havia apresentado uma proposta, a 9 de Dezembro, para ser levada a reunião, sugerindo a contratação de assistentes operacionais para as escolas com funções de assistência e auxílio. A proposta levada pela gestão socialista foi a contratação de cinco assistentes operacionais, mas para os refeitórios escolares.
No início da sessão, o vereador do PSD Rui Madeira questionou a ausência da proposta enviada na ordem de trabalhos, afirmando que a sugestão surgia de várias reuniões com o agrupamento de escolas, que transmitira a necessidade de mais assistentes operacionais. O vereador Rui Gonçalves, também do PSD, lamentou que o presidente do município, Jorge Faria (PS), misturasse o que não era igual, propondo a contratação de cinco funcionários para refeitórios e não para assistentes operacionais com funções de vigilância de alunos, decidindo apenas, por seu livre arbítrio, não agendar o assunto.
Jorge Faria não concorda com a alegada falta de assistentes, justificando que os rácios aprovados pelo Ministério da Educação estabelecem 100 assistentes operacionais e o Agrupamento de Escolas do Entroncamento conta com 113. Segundo o autarca, a 29 de Novembro, o executivo terá recebido por parte do director regional de Educação uma actualização dos rácios de assistentes operacionais, prevendo um aumento de seis assistentes genéricos nas escolas e de cinco nos refeitórios.
Uma vez que, segundo Jorge Faria, as escolas contam com 113 assistentes, mais 13 do que o recomendado nos rácios, a prioridade recaiu sobre contratar os cinco elementos necessários para os refeitórios, tendo sido aberto concurso. “No dia 9 de Dezembro, quando recebemos a proposta do PSD, já havia o agendamento de recrutamento dos cinco assistentes operacionais, para as cinco vagas que abrimos no quadro e que foram ocupadas. Não havia razão nem necessidade de haver duas propostas, semelhantes, na ordem de trabalhos”, justificou Jorge Faria.
Rui Gonçalves disse compreender não ser necessário haver duas propostas, estando a sua indignação no não agendamento da proposta social-democrata. “O problema existe, está identificado pelo agrupamento, pelos pais e por toda a gente, menos pelo executivo socialista que continua a refugiar-se nos rácios para não abrir os cordões à bolsa e contratar mais pessoas”, atirou o vereador, desafiando Jorge Faria a deslocar-se às escolas para ver a realidade.
A discussão foi subindo de tom e o vereador Rui Madeira (PSD) juntou-se às críticas a Jorge Faria. “Se dúvidas houvessem sobre a falta de interesse do executivo socialista em resolver os assuntos do concelho, ficam aqui bem visíveis. O PSD teve várias reuniões com o agrupamento e levantou a necessidade de recrutamento de mais assistentes operacionais, que se tornou ainda mais acutilante este ano, com o aumento de alunos. Tentámos colaborar na resolução de um problema que se arrasta há algum tempo”, afirma o vereador.
Jorge Faria reiterou que o executivo vai continuar a reger-se pelos rácios, até ser detectado algum erro, afirmando que a falta de assistentes operacionais é uma opinião dos vereadores do PSD que não corresponde à realidade.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1697
    01-01-2025
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1697
    01-01-2025
    Capa Lezíria/Médio Tejo