Sociedade | 30-12-2024 18:55

José Eduardo Marçal candidata-se à Região Sul da Ordem dos Engenheiros

José Eduardo Marçal candidata-se à Região Sul da Ordem dos Engenheiros

O engenheiro de Abrantes, que foi governador civil de Santarém e primeiro presidente da Nersant, vai trabalhar por amor à profissão, tal como a sua equipa.

O engenheiro civil José Eduardo Marçal, natural de Abrantes, é candidato a presidente do Conselho Diretivo da Região Sul da Ordem dos Engenheiros, depois de mais de uma década a exercer cargos em órgãos sem carácter de direcção nacionais e regionais da ordem. Actualmente preside ao conselho disciplinar desta mesma região. Diz que decidiu candidatar-se depois de reflectir, informada e ponderadamente, sobre organização profissional. Salienta que assume este desafio acompanhado por uma equipa de colegas de diversas especialidades e gerações, com experiências multifacetadas, e com visões complementares da profissão de engenheiro, garantindo que todos os membros exercerão os cargos sem remuneração.

O engenheiro com 66 anos de idade, que era director da Brisa na área da segurança e que está actualmente reformado, refere no seu manifesto eleitoral que a “rápida evolução da sociedade e da tecnologia, obriga-nos a alterar muitos dos pressupostos a que nos acomodámos”, salientando que a Região Sul e a Ordem dos Engenheiros “têm de acompanhar esta mudança e ser capazes de encontrar, nos valores fundamentais da sua fundação e existência, os novos desígnios que devem nortear o seu futuro”.

Dirigindo-se aos engenheiros, José Eduardo Marçal, que actualmente trabalha como consultor para várias entidades, continua a dar aulas na Universidade Lusófona e é perito do Ministério Público, refere que “estagnar, sem agir e sem lutar por transparência, valor e rigor, conduziria à nossa irrelevância profissional, associativa e de participação no interesse público, em oposição ao nosso dever”. O candidato à Região Sul, da qual faz parte a delegação de Santarém, recusa enveredar pela via da menorização, se não mesmo degradação, “por honra dos grandes engenheiros que nos antecederam e por legado às gerações que nos sucederão”, colocando a captação e a renovação do interesse dos jovens pela Ordem dos Engenheiros como uma prioridade.

José Eduardo Marçal sublinha que vai escutar os jovens engenheiros e incorporar as suas ambições, bem como promover a sua formação técnica e o seu relacionamento com profissionais seniores e empresas, integrando-os com ética e dinâmica na Ordem dos Engenheiros. Promete que a região voltará a assumir um papel marcante e liderante na luta pela valorização da engenharia portuguesa, pautando a sua actuação pela primazia das questões técnicas e pela ligação às instituições de ensino superior e empresas, buscando também o reconhecimento internacional.

O engenheiro pretende também lutar pela salvaguarda da valorização e dignificação do engenheiro nas suas carreiras laborais públicas e privadas, “sem entrar no campo sindical e sem hesitar na adoção de formas diversas de luta. “Retomaremos o prestígio que, infelizmente e por passividade se foi desvanecendo e contribuiremos competente e reconhecidamente para o engrandecimento e crescimento de Portugal”, refere no seu manifesto.

Uma passagem fugaz pela política como governador civil e o envolvimento em grandes projectos

Recorde-se que José Eduardo Marçal foi fundador e primeiro presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém – Nersant, entre 1989 e 1993, foi governador civil de Santarém em 1994 e 1995, tendo marcado um estilo de actuação discreta a mover influências para conseguir melhores condições para o distrito. Desfiliou-se há sete anos do PSD por estar farto de ver jogos de interesses e considera que quem anda na política deve ser alguém com reconhecimento na sociedade, com experiência e com uma vida própria lamentando que actualmente nasce-se na política para ser político. Tem o doutoramento em Segurança e Saúde Ocupacionais, foi director das maiores empresas de engenharia e esteve envolvido em grandes projectos como a construção do eixo norte-sul, ou o arranque do Metro do Porto.

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