Golegã vai recorrer a fundos comunitários para acabar com os jacintos
Câmara de Almeirim emprestou barco ao município da Golegã para remover jacintos, mas o equipamento não é o mais adequado e o município vai tentar comprar uma ceifeira por via de fundos comunitários.
O combate à praga de jacintos de água foi um dos temas abordados em reunião entre o município da Golegã, a Agrotejo e a Agência Portuguesa do Ambiente, concluindo-se que há a possibilidade de o município recorrer a fundos comunitários para adquirir uma máquina para combater a proliferação destas espécies invasoras. A Golegã sofre há décadas com a invasão de jacintos na Lagoa da Alverca do Campo, mas também dentro da zona de protecção total da Reserva Natural do Paul do Boquilobo.
“Vamos ver se ainda conseguimos chegar a esses fundos por via da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT). Não havendo possibilidade, tentamos através do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas ou através de outra entidade que esteja no órgão de gestão da Reserva da Biosfera para poder fazer uma candidatura para a aquisição de uma ceifeira”, disse o vice-presidente, Diogo Rosa, na Assembleia Municipal da Golegã de Dezembro, revelando que a câmara pediu um orçamento para uma ceifeira e os valores ficam entre os 400 mil e os 600 mil euros.
Diogo Rosa explicou que os jacintos estão a ser retirados “a bom ritmo” com um barco emprestado pela Câmara de Almeirim, mas que o equipamento “é mais adequado para limpar canais estreitos”. A proliferação de plantas infestantes impede a utilização da massa de água para desportos náuticos e pesca desportiva e existem ainda consequências nefastas para a fauna. Os jacintos removidos são depois utilizados por empresas do concelho como fertilizante.