Fogo em churrasqueira deixa casal sem lar em Vila Franca de Xira
Um incêndio na Rua António Palha, em Vila Franca de Xira, destruiu a casa onde residiam Judite Portela e José Alberto Carvalho. O casal perdeu os seus bens e está a viver em casa de uma amiga até que encontre uma solução de habitação, aguardando também ser ressarcido dos danos causados pelo incêndio.
Judite Portela e o companheiro, José Alberto Carvalho, perderam tudo na sequência do incêndio que ocorreu ao final da tarde de 3 de Dezembro na Rua António Palha, em Vila Franca de Xira. O casal vivia numa casa arrendada, no primeiro andar, por cima da churrasqueira onde o fogo teve origem.
O incêndio na churrasqueira M.M.Martim, que funciona junto ao mercado da cidade, começou já passava das 17h00. Na altura os funcionários tentaram controlar o fogo com um extintor, mas as chamas já se tinham propagado pelos equipamentos. Segundo relatos, o fogo teve origem nos fios de electricidade que começaram a arder.
Judite Portela, surda do ouvido direito e a deslocar-se de muletas, não se apercebeu do aparato. Só quando o companheiro subiu as escadas e gritou para sair de casa é que deu conta que algo se passava. “Fui para a rua de chinelos e pijama, vesti um kispo e agarrei num dos gatos ao colo, tenho dois. Na rua já estava a polícia e os bombeiros. Foi tudo muito rápido. O fogo abriu um buraco no chão de soalho da sala. Com o fumo ficou tudo estragado”, conta emocionada.
Os bombeiros salvaram das chamas o outro gato, que tinha ficado encurralado na casa. Após ter recebido oxigénio na ambulância foi internado no Hospital Veterinário de Alverca. A Protecção Civil Municipal ofereceu estadia para o casal na noite de 3 de Dezembro sendo que após essa data o alojamento teria que ser disponibilizado pelas seguradoras e senhorio do prédio. O casal está a viver em casa de uma amiga até encontrar solução. O casal pede ajuda para ter acesso a uma casa com renda apoiada ou uma habitação camarária.
Casal quer ajuda e ser ressarcido dos danos
A O MIRANTE, o senhorio do prédio diz que os restantes inquilinos não foram afectados pelo fogo. Os danos reportam-se à churrasqueira e ao primeiro direito, onde residia o casal. O caso está entregue às seguradoras e vai ser feito um levantamento dos estragos para se avançar com obras de reparação. “Não sei o que as seguradoras vão pagar e se vão pagar. Em Portugal já não sei de nada”, disse.
O casal assume que ficou com grandes dificuldades após o incêndio, nomeadamente para encontrar casa com uma renda que possa pagar. Com problemas de saúde, Judite Portela está a ser acompanhada em psiquiatria. “Não durmo e fiquei com traumas. Sinto-me desamparada depois disto. Peço ajuda a quem de direito e que as seguradoras assumam os prejuízos”, disse ao nosso jornal.
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira esclareceu que, após o incêndio, os serviços de acção social diligenciaram as respostas previstas para emergência social, concretamente a integração imediata em Centros de Acolhimento de Emergência (CAES) ou pensão, tendo o casal declinado esses apoios. Foram igualmente orientados para procura de alternativa habitacional com apoio económico para renda e/ou caução e receberam orientações para pesquisa no Portal da Habitação e explorar os apoios existentes na área da habitação do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana IHRU - Arrenda, Porta 65 Jovem, Porta 65+, Arrendamento Acessível, Arrendamento Apoiado, entre outros. .