Sociedade | 14-01-2025 18:29

Processo de inquérito a funcionária acusada de maltratar alunos em Alpiarça

Processo de inquérito a funcionária acusada de maltratar alunos em Alpiarça

Pais estão a acusar uma funcionária da Escola Básica Professor Abel Avelino, em Alpiarça, de ter mandado deitar as crianças no chão frio e molhado numa alegada brincadeira de hora de almoço. Directora do Agrupamento de Escolas de José Relvas instaurou processo e lamenta não ter sido a primeira a ser informada.

O Agrupamento de Escolas de José Relvas, em Alpiarça, abriu um inquérito a uma funcionária acusada por alguns pais de ter obrigado 60 crianças do 1º ciclo da Escola Básica Professor Abel Avelino a deitarem-se no chão “frio e molhado” dos corredores, enquanto chovia no recreio, num alegado jogo na hora de almoço de sexta-feira, 10 de Janeiro. A directora do agrupamento, Isabel Silva, soube da situação pela comunicação social no sábado à noite e instaurou um processo de inquérito.
Após ter auscultado todas as docentes da turma, coordenadora de estabelecimento e funcionária, decidiu colocar a funcionária a desempenhar funções na escola sede do agrupamento enquanto decorre o processo. “É o normal nestas situações”, vinca Isabel Silva, lamentando que apenas as representantes de duas das três turmas de 1º ciclo a vieram a informar por escrito. “Há que ter muito cuidado com a forma como estes assuntos são abordados na praça pública, sem sequer a escola ter sido informada, ou antes de se saber o resultado do processo de inquérito. O nosso principal interesse é sempre o bem-estar das crianças e dos jovens”, lamenta Isabel Silva em declarações a O MIRANTE.
A directora explica que a funcionária, apesar de não ser do quadro do agrupamento, tem um contrato de emprego e inserção e experiência na área. “Enquanto funcionária do agrupamento não houve queixas. É uma pessoa esforçada e dedicada às crianças, logo julgo ser bem vista pela comunidade escolar”, refere.
Tiago Carqueijeiro falou a O MIRANTE em representação dos pais na manhã de segunda-feira, 13 de Janeiro, quando cerca de duas dezenas de encarregados de educação se juntaram no exterior da escola como forma de se manifestarem contra o alegado comportamento da auxiliar. Pai de uma menina de seis anos, relata que soube da situação a partir de uma representante dos pais e questionou a filha que percebeu ter sido “uma das lesadas”. Tiago Carqueijeiro afirma que, aos olhos dos pais, a funcionária aproveitou-se do jogo para maltratar as crianças, sendo que as que pediam para se sentar ou levantar a cabeça batia-lhes com os pés e gritava para estarem quietas. Os pais terão apresentado queixa na GNR, que esteve presente no dia do protesto.

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