Arruda dos Vinhos celebra 127 anos de elevação a concelho

Depois de 80 anos a sofrer consecutivas alterações administrativas, e de muita luta da população, Arruda dos Vinhos foi elevada a concelho a 13 de Janeiro de 1898, uma data que continua a ser celebrada.
Arruda dos Vinhos quer desenhar para os próximos anos os pilares de um concelho mais sustentável, inclusivo e inovador, ambicionando tornar-se uma referência na região em termos de sustentabilidade ambiental, igualdade de oportunidades para todos os residentes e de inovação tecnológica. Estes foram os principais desejos deixados pelo presidente do município, o socialista Carlos Alves, no discurso da sessão solene do 127º aniversário da restauração do concelho. A cerimónia decorreu na noite de segunda-feira, 13 de Janeiro, no auditório municipal, que não encheu e contou sobretudo com os protagonistas políticos do concelho.
“Temos um compromisso com a proximidade e a prestação de contas no nosso município. Numa democracia moderna a transparência não é um dever, é uma ponte de confiança entre os eleitos e os eleitores. Temos muitos desafios pela frente e queremos transformar-nos numa referência em sustentabilidade ambiental, construindo o futuro com visão e coragem”, referiu o autarca.
Arruda dos Vinhos assumiu a sua ambição de vir a reforçar a coesão social, criando soluções habitacionais que garantam igualdade de oportunidades para todos, bem como a potenciação da economia local, com foco no vinho, agricultura, turismo e inovação tecnológica, sem descurar a importância da educação. “Queremos assegurar que ninguém é deixado para trás, construindo um concelho inclusivo, dinâmico e justo. O futuro não se constrói de forma isolada, precisamos do contributo de todos, da sociedade civil ao sector privado e às novas gerações. Só assim conseguiremos transformar o nosso território num exemplo de desenvolvimento sustentável e integrado”, defendeu o autarca.
Já a presidente da Assembleia Municipal de Arruda dos Vinhos, Catarina Gaspar, lembrou um dia importante para a história colectiva de todos os arrudenses e evocou a resiliência das suas gentes. “É nos momentos dolorosos e difíceis que mostramos do que somos verdadeiramente feitos. A tudo sobrevivemos, sem que todas as crises tivessem a força de colocar em risco a força arrudense”, elogiou.
Lembrando que a democracia “é como o amor, um infinito de esperança numa desilusão permanente”, Catarina Gaspar elogiou os homens e mulheres que não temem lutar pelos seus sonhos e pelo que acham certo e justo. “Foram precisos 80 anos e muitas lágrimas, coragem e persistência para que o concelho assumisse a configuração que tem hoje em dia. Foi um árduo caminho percorrido de luta pela nossa identidade”, afirmou.
As comemorações do Dia do Município incluíram também a entrega, no Património Cultural, da candidatura das festas de Arruda dos Vinhos a património imaterial (ver texto nesta página) e ainda a apresentação dos resultados do barómetro “Cumprir Arruda”, de que O MIRANTE dará nota na próxima edição.