Sociedade | 17-01-2025 07:00

BE quer esclarecimentos sobre a mudança de administração da ULS Lezíria

BE quer esclarecimentos sobre a mudança de administração da ULS Lezíria

O Bloco de Esquerda diz-se surpreendido pela decisão do Governo de demitir a anterior administração da Unidade Local de Saúde da Lezíria e defende que essa medida suscita sérios problemas de transparência.

A concelhia de Santarém do Bloco de Esquerda considera que a demissão do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, no final de 2024, “coloca sérios problemas de transparência, e até mesmo, de democracia”, embora reconheça que a mesma não coloca problemas de legalidade.
“A ULS Lezíria é a principal estrutura pública de saúde da Sub-região da Lezíria e constitui a base do serviço de saúde para centenas de milhares de pessoas, por isso, é essencial que a população seja devidamente informada sobre as razões objectivas que levaram a esta decisão”, diz o Bloco de Esquerda em comunicado, defendendo que o Ministério da Saúde, ao promover essa mudança, devia ter esclarecido quais são as metas que pretende atingir com a nova administração, liderada por Pedro Marques.
E clarifica que, entre essas metas, era fundamental abordar questões como as da cobertura universal de médicos/as de família, da redução das listas de espera para cirurgias e consultas, do fim do encerramento de especialidades nas urgências ou da diminuição dos tempos de espera nos serviços de urgência. “Essas seriam medidas difíceis de implementar com a administração demitida? As metas propostas pelo Ministério para o ano de 2024 não foram atingidas? Nenhuma destas questões foi explicada à população. O compromisso do ministério com a saúde das pessoas ficou por esclarecer, assim como os motivos concretos que justificaram a decisão”, afirma o Bloco de Esquerda de Santarém.
Referindo que “até agora, a única razão visível para esta mudança parece ser o facto de o novo presidente da administração possuir um cartão do PSD”, o Bloco de Esquerda considera que essa circunstância “sugere que a filiação partidária pode ter sido o principal critério de escolha”. O Bloco conclui o comunicado dizendo que “a transparência nos serviços públicos mostra-se ilusória, e a saúde da população aparenta ser relegada para segundo plano por este governo”.

A administração da ULS Lezíria foi substituída no final de 2024. A equipa liderada por Tatiana Silvestre, que tinha tomado posse há menos de um ano, foi demitida pelo Ministério de Saúde, que nomeou nova administração, liderada por Pedro Marques. A ULS Lezíria tem sob sua tutela o Hospital Distrital de Santarém e os centros de saúde de diversos concelhos da Lezíria do Tejo.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1702
    05-02-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1702
    05-02-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1702
    05-02-2025
    Capa Vale Tejo