Sociedade | 17-01-2025 07:00

População de Santo Estêvão mobiliza-se para realojar família afectada por incêndio

População de Santo Estêvão mobiliza-se para realojar família afectada por incêndio
Marta Silva com a amiga Stela Maria na habitação afectada pelo fogo em Santo Estêvão . fotoDR

Abaixo-assinado entregue na Câmara de Benavente defende que mudança para Foros de Almada de Marta Silva e dos seus dois filhos irá agravar a situação da família, apontando para soluções habitacionais na aldeia de Santo Estêvão, onde o agregado sempre residiu.

A população de Santo Estêvão mobilizou-se e entregou, no dia 13 de Janeiro, uma abaixo-assinado a pedir à Câmara Municipal de Benavente que encontre uma solução de realojamento na aldeia para uma família desalojada por um incêndio que destruiu a sua habitação no dia 22 de Dezembro de 2024. No documento, que reúne 150 assinaturas, dirigido ao presidente do município, os signatários manifestam preocupação pela decisão de realojar Marta Silva e os seus dois filhos em Foros de Almada, considerando-a “inadequada” devido à “frágil situação” da família.
“Coloquei o abaixo-assinado a circular no dia 9 à tarde e, como havia reunião de câmara, foi entregue na manhã de dia 13 de Janeiro. Foi um pouco apertado e em cima da hora, mas em praticamente em dois dias foi o que se conseguiu”, explicou Teresa Ferreira, promotora do documento e cabeleireira em Santo Estêvão.
Segundo a empresária, a mudança da família afectada para Foros de Almada, localidade sem transportes públicos adequados e com limitações de acesso a serviços essenciais, poderá dificultar ainda mais a vida de Marta Silva, que enfrenta problemas de saúde significativos. “Havendo uma habitação disponível em Santo Estêvão, mesmo que seja provisória, é sempre melhor porque há sempre uma vizinha que pode ajudar”, justifica.
“A Marta Silva nasceu e cresceu em Santo Estêvão, onde tem laços comunitários fortes. Deslocá-la para outra localidade não garante o apoio necessário ao seu bem-estar”, lê-se no documento. Os cidadãos pedem à autarquia que reavalie a situação e que procure uma solução habitacional digna na aldeia de Santo Estêvão ou mesmo em Samora Correia, localidades onde acreditam existir melhores alternativas de vizinhança e transportes. “Estamos convictos de que a câmara partilha o objectivo de assegurar condições de vida justas para todos os munícipes e esperamos que esta situação seja tratada de forma rápida, justa e humana”, apelam os signatários.

Município disponível para ajudar
Contactado por O MIRANTE, o presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), confirmou que o município “prontamente” se disponibilizou para ajudar a encontrar uma solução para a família que teve a infelicidade de ver a casa onde residia afectada pelo fogo. Marta Silva era arrendatária de uma habitação e a autarquia identificou uma casa disponível em Foros de Almada, onde agora reside provisoriamente.
Por outro lado, o município já identificou os proprietários do edifício que foi consumido pelo incêndio. “A câmara municipal, sendo um edifício da propriedade de outrem, ajuda nas suas competências, mas tem alguma uma dificuldade em poder auxiliar. Contudo se a responsabilidade das obras recaírem sob a inquilina estamos disponíveis para ajudar”, concluiu o autarca.

Solidariedade não se fez esperar

Marta Silva, de 45 anos, viu as chamas consumirem o recheio de várias divisões da casa onde vivia com os dois filhos, de 13 e 19 anos, a 22 de Dezembro. Desde logo a população de Santo Estêvão uniu-se para angariar peças de vestuário, mobiliário, electrodomésticos e outros bens de primeira necessidade para auxiliar a família.

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