Sociedade | 18-01-2025 16:45

Polícia Marítima volta a caçar pescadores ilegais de amêijoa na Póvoa de Santa Iria

Polícia Marítima volta a caçar pescadores ilegais de amêijoa na Póvoa de Santa Iria
Foto PM

Autoridades continuam a cerrar fileiras na caça ao ouro branco do Tejo e desta vez foram mais 450 quilos de bivalves perigosos para a saúde a serem retirados do mercado.

O ano começou na Póvoa de Santa Iria como começou o anterior, com a Polícia Marítima a caçar e autuar pescadores ilegais de amêijoa e, desta vez, não só os pescadores foram identificados como também o comprador do produto.
Numa acção preparada no comando local de Lisboa da Polícia Marítima foi possível preparar uma caça aos pescadores ilegais na manhã de 15 de Janeiro, com as autoridades a conseguirem apreender 450 quilos de ameijoa que estavam a ser transportadas numa viatura que foi abordada ainda no concelho de Vila Franca de Xira. “Durante esta actividade foi identificado um indivíduo em plena actividade de compra e transporte de bivalves, tendo os elementos da Polícia Marítima elaborado os autos de notícia e apreendido 450 quilos de amêijoa japónica”, explicam as autoridades, que devolveram os bivalves ao rio por estes ainda se encontrarem vivos.
O assunto, como O MIRANTE tem noticiado, não é novo e ainda no ano passado estivemos na comunidade de pescadores a tentar perceber porque motivo muita gente ainda arrisca esta prática ilegal, uma reportagem que pode ser lida no site do nosso jornal. Ajudar a pagar os estudos do filho na faculdade, amortizar parte do empréstimo do carro e ainda sobrar para comer durante umas semanas sem contar os tostões foram alguns dos incentivos que alguns pescadores de ameijoa confessaram pesar na decisão.
Nesta busca pelo ouro branco do Tejo, que pode render até 4 euros o quilo, há de tudo, de exploração laboral, falsificação de documentos e até disputas entre famílias rivais, onde tudo é feito na escuridão da noite e ao sabor da maré.
Só em 2024, recorde-se, só na zona da Póvoa de Santa Iria, as autoridades realizaram duas mega operações em Janeiro que resultaram na apreensão de 900 quilos de amêijoa já ensacada no dia 11 de Janeiro e depois, a 22 de Janeiro, outros 2.500 quilos que estavam numa carrinha pronta a seguir viagem.
O presidente da Associação Cultural Avieiros da Póvoa de Santa Iria, Fernando Barrinho, já havia defendido a O MIRANTE que o assunto é sensível porque a comunidade é composta de pescadores profissionais que, regra geral, cumprem a lei, mas nota que as autoridades existem para fiscalizar e defende que devem fazê-lo e apanhar quem não cumpra. “Não podem rotular uma comunidade inteira de 22 pescadores que vivem da pesca legalmente por causa de um caso ou outro de quem vá à amêijoa”, lamentava.

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