Sociedade | 22-01-2025 10:00

Açude insuflável de Abrantes continua a dar problemas

Açude insuflável de Abrantes continua a dar problemas
Açude insuflável no rio Tejo em Abrantes foi uma obra polémica que custou 10 milhões de euros

Presidente da Câmara de Abrantes explica que, apesar de algumas anomalias de funcionamento identificadas, é normal o açude estar em baixo nesta altura do ano. Estrutura, que custou 10 milhões de euros há quase duas décadas, vai ser alvo de mais uma intervenção para correcção de anomalias.

O açude insuflável no rio Tejo em Abrantes continua a dar dores de cabeça ao executivo municipal. Nesta altura, o açude está em baixo, com anomalias identificadas e aguarda intervenção por parte de uma empresa especializada na manutenção. O tema foi debatido na última reunião camarária depois de o vereador Vítor Moura (PSD) ter questionado o porquê do açude estar em baixo e se havia alguma anomalia. O presidente da câmara, Manuel Valamatos (PS), confirma que existem anomalias identificadas, no entanto, garante que é normal o açude estar em baixo nesta altura do ano. Para o autarca, o que não é normal e é preocupante é haver caudais tão baixos no Tejo.
Manuel Valamatos explica que o açude vai receber nova intervenção por parte de uma empresa especializada. “O açude tem um papel muito relevante em Abrantes e queremos melhorá-lo e potenciá-lo, mas também tem de cumprir, do ponto de vista ambiental, as normas para os ecossistemas funcionarem em pleno. Os custos de manutenção são elevados e é importante estar atento a oportunidades como as energias renováveis e a tecnologia e olhar para o açude com grande potencial”, afirma o autarca.
Recorde-se que no início de 2024 o açude já tinha sido alvo de intervenção. Na reunião camarária de 7 de Dezembro de 2023, o vereador João Gomes informou que, nos três meses seguintes, o açude seria alvo de trabalhos de manutenção para monitorização, verificação das comportas e ainda instalação de um sistema de videovigilância na margem sul.
O açude insuflável, inaugurado em 2007 e resultante de um investimento de 10 milhões de euros por parte da Câmara de Abrantes liderada por Nelson carvalho (PS), suscitou alguma controvérsia e já foi notícia, ao longo dos anos, por razões negativas relacionadas com actos de vandalismo e também com problemas no sistema passa-peixe. Como em Abril de 2015, quando milhares de peixes de diversas espécies que tentavam ultrapassar o açude para continuarem a subir o rio Tejo e desovar morreram encurralados numa zona labiríntica de cimento denominada de passa-peixe, um sistema que foi construído sem licenciamento, segundo informava o Ministério do Ambiente em Setembro de 2009 em resposta a um requerimento apresentado pela deputada Alda Macedo, do Bloco de Esquerda.

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