Biopark na Barquinha continua uma novela entre promotor e autarcas
O MIRANTE volta ao caso do Biopark que vai conhecer novos desenvolvimentos. Para já, tanto o promotor como o presidente da câmara ficaram aziados com as nossas notícias e responderam à boa maneira de quem se sente acossado.
Os autarcas da Barquinha, executivo e assembleia municipal, vão voltar a pronunciar-se sobre a cedência de cerca de 40 hectares de terreno para um projecto de construção de um hotel e de um designado Biopark destinado à preservação de animais, alguns deles em extinção. Será a 15ª vez que a Assembleia Municipal da Barquinha se pronunciará, desta vez numa situação incomum, tendo em conta que o presidente da câmara municipal, Fernando Freire, já anunciou diversas vezes que o terreno seria para aumentar a Zona Industrial. A decisão terá sido tomada depois das várias promessas falhadas do promotor, que tem feito figura de morto, e nunca mais apresentou garantias bancárias para a concretização do projecto, que não pusesse em causa a cedência do terreno. Segundo o autarca, em conversa com o jornal Entroncamento Online, a novela com o Barão Vermelho em Abrantes, que lesou o município abrantino em mais de um milhão de euros, graças ao facilitismo do então autarca Nelson Carvalho, nunca acontecerá na Barquinha. Questionado pelo jornalista do Entroncamento Online sobre o que estava a falhar nas promessas do promotor, Fernando Freire disse que não podia confessar, por razões éticas, mas foi claro na afirmação de que o empresário tinha falhado todos os prazos na apresentação das evidências financeiras para o projecto.