Funcionárias denunciam clima de intimação e medo no Centro Social de Casével
Trabalhadoras alegam que a presidente da direcção as maltrata e ameaça constantemente com processos e despedimentos. Sindicato reuniu com as queixosas e denuncia outras irregularidades na IPSS.
Funcionárias do Centro Social de Apoio à Comunidade de Casével estão contra a permanência da presidente da direcção no cargo que exerce e queixam-se de um clima de intimação, assédio moral e medo por parte da dirigente, que também é funcionária na instituição. Há trabalhadoras de baixa médica psicológica por não aguentarem a pressão.
“Chegou a perseguir-me a mim e a uma colega porque não quer que as pessoas que ali trabalham sejam amigas. Grita-nos e ameaça-nos várias vezes com processos disciplinares e despedimentos”, relata a O MIRANTE uma das funcionárias que pede anonimato por medo de represálias.
Além do clima de medo em que trabalham diariamente, com insultos constantes e ameaças de despedimento, as trabalhadoras alertam para as fracas condições laborais na instituição que não cumpre rácios, nem tem actualizadas as tabelas salariais. A situação foi também denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA), que reuniu com trabalhadoras à porta da instituição que dá resposta a 20 utentes em centro de dia e a 24 em apoio domiciliário.
“As tabelas salariais não estão actualizadas, os rácios não estão completos... por exemplo, não têm cozinheira e quem faz essa função agora é a própria presidente da instituição que também é ajudante de acção directa”, diz ao nosso jornal a sindicalista Teresa Costa.
O MIRANTE contactou a presidente da direcção, Rosália Violante, explicando o assunto da chamada, mas esta recusou responder no momento por estar a trabalhar.