Sociedade | 28-01-2025 18:00

Escola Jácome Ratton em Tomar reflectiu sobre o futuro da Educação

Escola Jácome Ratton em Tomar reflectiu sobre o futuro da Educação
Como deve ser a escola do futuro foi o mote de iniciativa na sala do aluno da Escola Jácome Ratton, em Tomar. fotoDR

Professores de Tomar consideram que que os alunos devem lutar pelos seus direitos e participar activamente nas decisões que impactam o ambiente escolar.

A sala do aluno da Escola Jácome Ratton, em Tomar, acolheu um momento de partilha e reflexão que debateu o tema: “A Escola e a Vida: Como Queremos a Escola?”. A iniciativa começou com a apresentação do projecto pelo professor António Clemente, que destacou a importância da participação activa dos alunos na vida da escola. O docente fez um apelo para que os alunos contribuam com ideias e propostas para futuros eventos, enfatizando que este espaço é para eles.
O debate foi moderado pelos alunos Rafael Rodrigues e Luana Mota, ambos do 11ºA, que questionaram os coordenadores sobre a função dos departamentos e a interacção entre eles. Os professores explicaram que o principal objectivo dos departamentos é uniformizar procedimentos em várias vertentes do ensino, como avaliações e aprendizagens essenciais, garantindo maior coerência e qualidade no processo ensino/aprendizagem. Abordou-se a evolução e as necessidades de mudança do Sistema Educativo e da Escola em geral. Os professores presentes concordaram que é necessário promover mudanças, mas expressaram a visão de que o actual sistema de exames representa um obstáculo significativo a essa transformação. Salientaram que, para tornar o ambiente escolar mais dinâmico e adaptado às novas exigências educacionais, seria fundamental valorizar práticas como o trabalho em pares, mentorias e projectos em grupo.
Debateu-se a importância dos alunos assumirem um papel mais activo no processo de mudança. Os coordenadores destacaram que os alunos devem lutar pelos seus direitos e participar activamente nas decisões que impactam o ambiente escolar. Além disso, foi enfatizado que o desenvolvimento de competências como o espírito crítico e a capacidade de iniciativa é cada vez mais essencial no mercado de trabalho.
Os professores sublinharam que, no passado, o papel do docente era mais autoritário e rígido, enquanto hoje o aluno é o centro das atenções e o ensino procura ser mais inclusivo, dinâmico e voltado para as necessidades individuais dos alunos. No que diz respeito aos pontos fortes da escola, destacaram-se a inclusão e a variedade de actividades extracurriculares, como a semana cultural, o desporto escolar, o plano nacional de cinema, o plano nacional das artes, bem como uma grande variedade de clubes e projectos existentes no Agrupamento de Escolas dos Templários (AET), que gere desafios, mas também estimula os alunos.
Foi também abordada a questão da inclusão de alunos de outras nacionalidades na sala de aula, tendo sido referido pelos professores que, embora os alunos sejam bem acolhidos pelos colegas, a barreira linguística representa um grande desafio. É necessário um trabalho altamente individualizado, muitas vezes com recursos limitados, o que nem sempre permite atingir os objectivos educacionais de maneira eficaz. Como medidas para melhorar a escola, foi sugerido que os alunos tivessem mais tempo para projectos que incentivem a criatividade e que, após as 15h00, a escola adoptasse uma abordagem mais prática e menos teórica.

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