Sociedade | 02-02-2025 15:00

Entroncamento vai ter Centro de Atendimento Clínico para doentes menos urgentes

Protocolo entre a ULS Médio Tejo e a Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento representa um investimento de 300 mil euros.

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo vai contar com um Centro de Atendimento Clínico (CAC) no Entroncamento, para onde a Linha SNS 24 pode reencaminhar doentes menos urgentes. "Os casos de doença aguda não urgente ou pouco urgente precisam de uma resposta célere que não passa pelas urgências hospitalares. Com a abertura deste CAC, estamos a dar uma resposta concreta às necessidades da população, oferecendo um serviço que é eficiente e humanizado”, disse à Lusa o presidente do conselho de administração da ULS Médio Tejo. Segundo Casimiro Ramos, esta é “mais uma alternativa que a ULS dá como resposta para a prestação de cuidados de saúde não urgentes (…) ou ligeiramente emergentes, como uma gripe momentânea, que normalmente levava a pessoa directa ao hospital dada a dificuldade, eventualmente, em ter consulta imediata no centro de saúde”.
A ULS Médio Tejo e a Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento (SCME) assinaram o protocolo de criação e gestão do CAC, o primeiro da região, que resulta de uma parceria entre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o sector social e que visa “aliviar a pressão sobre os serviços de urgência” hospitalares. O CAC do Médio Tejo vai funcionar dentro do hospital da SCME e vai disponibilizar 20 atendimentos diários a utentes com necessidades de saúde não urgentes ou pouco urgentes, referenciados através da linha SNS 24.
O Centro de Atendimento Clínico prestará cuidados médicos e de meios de diagnóstico, através de uma equipa multidisciplinar, num protocolo válido por um ano e que representa um investimento de 300 mil euros. “É obviamente importante porque são mais 20 consultas de pessoas que, eventualmente, se dirigiriam à urgência [hospitalar], porque não teriam, eventualmente, resposta nos cuidados de saúde primários, porque não tinham vaga ou algo do género”, notou Casimiro Ramos. O responsável realçou ainda que esta parceria “é um exemplo de como a cooperação entre o sector público e o sector social pode gerar resultados positivos para a população”. Segundo o gestor, o CAC é o “culminar das medidas estratégicas” implementadas “desde há três anos com vista a melhorar o acesso aos cuidados de saúde, nomeadamente às urgências”.
Em declarações à Lusa, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento, destacou a importância de uma nova resposta à comunidade e a vertente da sustentabilidade financeira da instituição. “Primeiro, é uma resposta à comunidade que vamos dar. Em segundo, permite o alavancar da situação económico-financeira que a Santa Casa, neste momento, atravessa. São esses dois grandes objectivos: servir a comunidade e alavancar financeiramente a Santa Casa”, afirmou António Henriques Miguel.

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