Sociedade | 03-02-2025 21:00

Atendimento no posto de saúde de Arranhó é para continuar

O presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos reuniu-se com o director executivo do Serviço Nacional de Saúde e com a administração da Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo e diz que ficou o compromisso da manutenção do atendimento na unidade de saúde de Arranhó, depois da polémica das últimas semanas.

Depois de muita polémica e pressão popular, em que até chegou a circular um abaixo-assinado subscrito pelo presidente da Junta de Freguesia de Arranhó, o atendimento aos utentes da extensão de saúde de Arranhó vai ficar tal como estava anteriormente. A novidade foi deixada pelo presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, Carlos Alves (PS), após informar sobre as reuniões havidas com a direcção da Unidade Local de Saúde (ULS) Estuário do Tejo e o ex-director executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra d’Almeida.
As duas entidades negaram aos autarcas que tenha havido mudanças na gestão ou até uma eventual desautorização do SNS à liderança da ULS sobre o assunto, ressalvando antes que houve uma má percepção da câmara e da comunidade sobre a mudança, afiançando que o atendimento dos utentes nunca esteve em causa e que à população sempre foi dada a hipótese de escolher onde queriam ser atendidos, se em Arranhó ou em Arruda dos Vinhos. Algo que muitos utentes, recorde-se, diziam não estar a acontecer, incluindo a vereadora do PSD na Câmara de Arruda dos Vinhos, Sandra Lourenço, que voltou a criticar em reunião de câmara o facto de os utentes estarem simplesmente a ser informados de que iriam mudar de unidade de saúde sem hipótese de poderem escolher.
“Não está prevista a saída da equipa médica de Arranhó. Não tenho conhecimento de nenhum condicionamento nesses contactos. A questão que se coloca é que a médica de Arranhó não tem especialização em medicina geral e familiar e por isso a Unidade de Saúde Familiar (USF) Lusitano, em Arruda, pode dar uma resposta mais adequada”, clarificou Carlos Alves na última reunião de câmara, onde o assunto voltou a ser debatido. O autarca transmitiu nas duas reuniões com os responsáveis da saúde o descontentamento da população face à medida que os obrigaria a percorrer dez quilómetros para poderem ser vistos por um médico. “Foi mais uma vez garantido pelas duas partes que a prestação de cuidados de saúde em Arranhó vai manter-se e que quem quiser continuar em Arranhó pode continuar”, afiançou Carlos Alves.

“Não podemos ser apenas reactivos”
Menos convencida está a vereadora do PSD, Sandra Lourenço. “A ULS diz que foram as informações incorrectas da câmara a prejudicar a percepção pública dos munícipes sobre a reorganização dos serviços”, criticou, dizendo esperar que as alterações não tenham como objectivo estrangular o serviço de saúde de Arranhó a um ponto em que definhe até se extinguir por completo. “Temos de ter atitude e não podemos ser apenas reactivos”, criticou.
A mudança de utentes deu polémica na comunidade depois da ULS Estuário do Tejo ter informado que os utentes inscritos na unidade de saúde de Arranhó passariam, a partir de Janeiro, a poder ser atendidos por uma nova equipa de saúde na USF de Arruda dos Vinhos, a dez quilómetros de distância. Situação que, aliada a uma população envelhecida e mal servida de transportes públicos, gerou forte contestação.

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