Amputado após acidente em Azambuja pede ajuda para comprar prótese
Hugo Ponte sofreu um grave acidente de mota que o deixou amputado de uma mão e o atirou para a reforma por invalidez. Para recuperar alguma autonomia está a pedir apoio para comprar uma prótese que custa cerca de 70 mil euros.
A vida de Hugo Ponte virou do avesso quando a 5 de Agosto de 2022 sofreu um grave acidente de mota, na Estrada Nacional 3, em Azambuja. Sem autonomia e reformado por invalidez, o mecânico de Vale da Pedra está a pedir ajuda para conseguir comprar uma mão biónica, uma prótese avançada que imita de forma natural o membro que perdeu, e que custa cerca de 70 mil euros.
Segundo a esposa, Vera Lúcia, o orçamento para a prótese é incomportável para o casal com filhos que aufere, no total, pouco mais de mil euros por mês. “Ele, reformado por invalidez recebe 628 euros e eu, como cuidadora, 398. Nunca na vida conseguimos comprar uma prótese daquelas”, lamenta a O MIRANTE.
Hugo Ponte, que já não faz fisioterapia, está desde Dezembro de 2023 à espera de uma cirurgia ao braço e mão direita, “que continuam sem mexer”, e cuja previsão de agendamento era de seis meses. “A prótese que é para a mão esquerda iria ajudar muito a que ele fosse mais autónomo porque assim precisa de ajuda para tudo”, afirma Vera Lúcia.
Na rede social Facebook foi criada uma página “Angariação de fundos para ajudar o Hugo Ponte na compra de uma prótese” na qual está disponível o IBAN para onde podem ser efectuadas as transferências de quem quiser contribuir.
Hugo Ponte esteve 13 dias em coma
Naquele dia 5 de Agosto de 2022 tinha saído cedo de casa para ir levar o filho ao trabalho. Escolheu a mota como meio de transporte, deixou o filho, parou para beber um café e acenou a um amigo que se cruzou com ele na estrada. Depois disso, tudo o que aconteceu nesse dia e nas duas semanas seguintes em que esteve em coma são um vazio na sua memória. Sabe apenas que embateu contra um Peugeot vermelho que virava à esquerda para um parque de estacionamento porque lhe mostraram fotografias. Hugo Ponte foi projectado vários metros e reanimado três vezes no local antes de ser transportado ao Hospital de São José, em Lisboa, onde permaneceu internado quase quatro meses. Operado várias vezes, incluindo aos pulmões e coração, esteve 13 dias em coma.