Moradores do Entroncamento foram à reunião de câmara criticar falta de limpeza urbana
Munícipes do Entroncamento foram à sessão camarária insistir na necessidade de limpeza de sarjetas na rua Antero Quintal que entopem com frequência e dificultam a circulação na via pública. Isabel Lopes e Luís Escanqueiro foram os dois moradores que deram voz aos protestos.
Na última reunião de câmara do Entroncamento, que se realizou a 21 de Janeiro, dois munícipes falaram no período dedicado ao público para se queixarem da falta de limpeza urbana, nomeadamente na Rua Antero Quental, onde existem Plátanos cujas folhas entopem constantemente as sarjetas. Segundo os moradores a acumulação de água chega à altura dos passeios, situação que complica a circulação naquela via. Isabel Lopes diz que já apresentou queixas do problema à junta de freguesia, à Protecção Civil e agora junto da câmara municipal, da qual inclusive diz que recebeu uma carta em resposta. Isabel Lopes lamentou a resposta da autarquia, ao dizer que “não pode fazer mais do que já faz”, que é realizar a limpeza rotineira das ruas. “A limpeza feita actualmente claramente não é suficiente. Esta realidade existe e o problema tem que ser resolvido”, disse, acrescentando que as pessoas têm o direito de sair das suas habitações sem estarem preocupadas.
Também Júlio Escanqueiro, outra das pessoas que se diz afectada pela situação, falou no período do público. “Isto repete-se todos os anos, todos os anos vão lá os bombeiros e eu não acredito que os bombeiros não comuniquem à Protecção Civil para lá irem desentupir as sarjetas. Portanto, ou eles não cumprem o seu dever de comunicar a situação ou então comunicam e a câmara não faz nada”, critica Júlio Escanqueiro.
Em reposta às queixas, o presidente da câmara, Jorge Faria, que comandou a última sessão depois de passar o testemunho à vice-presidente Ilda Joaquim, disse que apesar de ser uma situação “indesejável”, não é da responsabilidade da câmara, pois os serviços camarários realizaram uma “avaliação rigorosa” sobre a situação e concluíram que não há “causa-efeito de incúria da câmara” relativamente a este infortúnio. “Houve de facto uma situação natural de grande acumulação de chuva, mas pelos elementos que nos foram fornecidos todos as sarjetas estavam limpas e a água estava a escorrer normalmente, em grande quantidade, mas normalmente”, afirmou.
Os munícipes não ficaram satisfeitos com a resposta do autarca, que renunciou ao cargo de presidente, salientando que a câmara “não pode dizer que não é responsável pelas ruas e a sua manutenção e limpeza”.