Lixo acumula-se no rio Crós Cós e aumenta risco de inundações em Alverca
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Canas e lixo são visíveis no rio Crós Cós em Alverca do Ribatejo. Moradores querem mais limpeza porque temem inundações. A Câmara de Vila Franca de Xira garante estar a monitorizar a situação e que o lixo vai ser retirado nas próximas semanas.
Os moradores da Rua José Martinho Santos, em Alverca do Ribatejo, temem que com as chuvadas que têm caído o rio Crós Cós galgue as margens. Os residentes alertam as autoridades competentes para uma limpeza mais frequente do rio, uma vez que o leito está coberto de canas e lixo, numa zona visível a quem passa naquela rua e antes do curso de água se tornar subterrâneo. Uma das moradoras contactou a Protecção Civil Municipal de Vila Franca de Xira e Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, entidades que remeteram o assunto para o município.
Segundo explicou a Câmara de Vila Franca de Xira, o rio Crós Cós é intervencionado anualmente no âmbito da gestão regular das linhas de água. As intervenções são executadas em dois troços distintos, informa a autarquia: Troço entre a zona da Proverba até à zona canalizada – Ómnia, com uma extensão de 926,1 metros e que foi intervencionada no decorrer do primeiro semestre de 2024; Troço desde a Escola Básica nº2, da Quinta da Vala até centro de formação do Futebol Clube de Alverca, com uma extensão de 540,73 metros, e que será intervencionado este ano, após o Verão, devido a este troço ter como condicionante a nidificação de avifauna identificada no local.
A câmara garante que nas próximas semanas vai proceder à limpeza dos inertes retidos no rio, nomeadamente nas grelhas em frente à esquadra da PSP de Alverca. De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, as operações de limpeza e desobstrução das linhas de água devem ser executadas de entre dois em dois ou três em três anos como forma de promover a biodiversidade. “No entanto, salienta-se que à parte das intervenções já pré-estabelecidas, são regularmente realizadas visitas de monitorização, de forma a avaliar o ponto de situação de cada troço de linha de água, antecipando as intervenções que sejam fundamentais e as que sejam necessárias são realizadas”, esclarece a autarquia.