O Santuário de Fátima registou no ano passado receitas de 24,42 milhões de euros e despesas de 21,84 milhões de euros, alcançando um lucro de 2,58 milhões de euros, segundo números provisórios divulgados pelo reitor do santuário, padre Carlos Cabecinhas, no 46.ª Encontro de Hoteleiros de Fátima. O reitor adiantou que estes valores comparam com os de 2023, de “21,75 milhões de euros de rendimentos e gastos que se fixaram nos 21,71 milhões”. “Em termos percentuais isto traduz-se numa variação positiva de rendimentos na ordem dos 12,3%, portanto, um crescimento significativo”, assinalou Carlos Cabecinhas.
O sacerdote vincou que “os peregrinos que vieram deixaram também, de facto, outro tipo de donativo”, ao contrário do qua aconteceu no ano da Jornada Mundial da Juventude, em que a maioria dos peregrinos foram jovens. Quanto aos gastos em 2024, o reitor do santuário referiu que, dos 21,84 milhões de gastos, 7,1 milhões são custos com pessoal (em 2023 esta rubrica foi de 6,74 milhões de euros), enquanto as depreciações fixaram-se nos 4,37 milhões e os fornecimentos e serviços externos atingiram um valor de 3,9 milhões.
O reitor realçou ainda o investimento, em curso, da renovação do sistema de som do recinto de oração. Com esta renovação pretende-se “não só oferecer melhor cobertura sonora de todo o recinto”, pois “havia zonas com insuficiente cobertura sonora”, como “atingir uma maior qualidade dessa cobertura sonora” e “ter a segurança de uma redundância” a que se possa recorrer em caso de necessidade”, disse Carlos Cabecinhas. O investimento, de cerca de um milhão de euros, deverá estar concluído antes de Maio, mês em que começam as grandes peregrinações.
“Este tipo de resultado positivo ajuda o santuário também a responder da melhor forma ao acolhimento de peregrinos”, realçou o sacerdote, frisando que “há, permanentemente, esta preocupação de cuidar do acolhimento dos peregrinos, não apenas num ano em que há resultado positivo, mas também quando o resultado não é tão positivo”.