Sociedade | 10-02-2025 10:00

Miguel Borges faz críticas duras depois de retirada de helicóptero de combate a incêndios

Miguel Borges faz críticas duras depois de retirada de helicóptero de combate a incêndios
Autarcas e CIM do Médio Tejo querem reverter decisão de descontinuar helicóptero em permanência no Sardoal. foto DR

A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil decidiu retirar o helicóptero que estava sediado no Centro de Meios Aéreo do Sardoal. Esta alteração está a suscitar duras críticas, não só dos autarcas do Sardoal, mas também da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.

Na reunião camarária do Sardoal, realizada a 27 de Janeiro, o presidente da câmara, Miguel Borges, proferiu duras críticas à decisão do Governo de retirar o meio aéreo localizado no Centro de Meios Aéreo do Sardoal. O helicóptero só irá regressar ao Sardoal entre 15 de Maio e 31 de Outubro e Miguel Borges afirma que se Abril “for um mês mau” irá pedir responsabilidades “doa a quem doer”. O meio aéreo tem estado ao serviço não só do Sardoal como de toda a região do Médio Tejo e Miguel Borges afirma que já fez chegar a sua indignação ao secretário de Estado da Protecção Civil e à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. O presidente da Câmara do Sardoal sublinha que esta decisão «é de uma enorme irresponsabilidade», pois podem estar em causa «consequências gravosas», não só para o concelho como para toda a região.
O autarca salienta que até ao dia 15 de Abril, entre Santa Comba Dão e Algarve, não existe nenhum helicóptero para o combate de incêndios e que só entre dia 15 de Maio e 31 de Outubro é que passarão a existir dois helicópteros nas proximidades, um no Sardoal e outro na Lousã. O edil alerta também que o mês de Abril de 2024 foi um mês relativamente calmo, mas que o mês de Abril de 2023 foi severo e que não é coerente os municípios “andarem a fazer grandes investimentos” na protecção das florestas e depois o Governo tomar este tipo de decisões, que podem provocar “um grave prejuízo ambiental e, consequentemente, financeiro”.
“Espero que ainda possa ser feita a correcção desta tomada de decisão, pois isto é lamentável e é preferível investir na prevenção e nos meios do que depois termos que ‘apagar’ aquilo que não foi feito”, refere Miguel Borges. O vereador Pedro Duque (PS) demonstrou também a sua solidariedade com a posição do presidente da câmara, afirmando que esta tomada de decisão parece vir de “uma linha de actuação” em que há uma preocupação do Governo actual de “chegar e fazer diferente só porque sim”.
Recorde-se que a CIM Médio Tejo realizou uma reunião ordinária em que uma das matérias em análise foi o Centro de Meios Aéreos do Sardoal, mostrando-se solidário com o autarca do Sardoal.

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