A Assembleia da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) aprovou a proposta de aquisição do terminal rodoviário de Santarém, com recurso a fundos próprios e do Estado, tendo caído a intenção do conselho intermunicipal de se recorrer a empréstimo bancário. A decisão foi tomada em sessão da assembleia realizada na noite de 10 de Fevereiro, na Chamusca, tendo a proposta sido aprovada por larga maioria, apenas com dois votos contra da bancada do PSD, por parte de Alfredo Silva (de Santarém) e de Carlos Neto (de Rio Maior). O negócio entre a CIMLT e o Grupo Roques, proprietário do imóvel, mantém-se nos 3,5 milhões de euros.

A CIMLT já tinha decidido adquirir o edifício onde há muitos anos funciona o terminal de autocarros em Santarém, mas previa contrair um empréstimo bancário para esse fim. Essa intenção caiu, não tendo sido alheias a essa situação algumas questões levantadas pelo Tribunal de Contas. O negócio teve por isso de ser objecto de nova deliberação por parte dos presidentes dos onze municípios que constituem a CIMLT e, posteriormente, submetido à apreciação da assembleia intermunicipal, que deu luz verde ao negócio. O processo será agora novamente remetido para avaliação do Tribunal de Contas.

A aquisição do edifício no centro da cidade de Santarém, actualmente usado pela Rodoviária do Tejo e que servirá de base à nova empresa intermnunicipal de transportes que está na forja, deve ser suportada com fundos da associação de municípios e do Orçamento de Estado através do Programa de Incentivo ao Transporte Público Colectivo de Passageiros (Incentiva+TP). A minuta do contrato também foi alterada, devido ao falecimento do presidente do Grupo Roques, José Manuel Roque, no dia 7 de Dezembro de 2024.

Recorde-se que a CIMLT, enquanto autoridade de transporte da Lezíria do Tejo, decidiu criar uma empresa de transportes públicos rodoviários, que substituirá o serviço actualmente garantido por operadoras privadas como a Rodoviária do Tejo e a Ribatejana.