Falta de acesso a cuidados de saúde foi tema na reunião de câmara de Constância
A vereadora do CDU, Maria Arsénio, criticou o facto de as crianças do concelho só poderem ser atendidas na sede do concelho.
Na reunião de câmara de Constância realizada no dia 29 de Janeiro foi discutida a acessibilidade médica do concelho, especificamente no que diz respeito ao atendimento de crianças. A autarca Maria Arsénio (CDU) criticou o facto de apenas a sede de concelho ter médicos disponíveis para atender crianças, enquanto o presidente da câmara, Sérgio Oliveira, afirmou que, tendo em conta o panorama nacional, está satisfeito com os serviços médicos.
No entanto, o presidente da câmara disse que, apesar de não ser a situação ideal, é o que é “possível nesta fase”. “Devemos dar-nos por satisfeitos de ter os serviços que temos, pois ter dois médicos no quadro no Centro de Saúde Constância, um prestador de serviços três dias por semana em Constância, uma médica dois dias por semana em Montalvo e ter outro médico dois dias por semana em Santa Margarida já é muito bom, tendo em conta a situação de outros concelhos”, explicou o autarca.
Maria Arsénio retorquiu afirmando que “nunca nos devemos dar por satisfeitos com o mal dos outros”, pois apesar do alarmante panorama nacional do SNS "nunca se deve ter uma atitude conformista”. Sérgio Oliveira rebateu que, independente de convicções pessoais, a situação do SNS vai levar anos a ser resolvida e estabilizada e que, entretanto, a câmara tem feito o que pode para “solucionar” alguns dos problemas da população na área da saúde, como por exemplo a implementação do projecto Bata Branca. “Se a câmara municipal não assinasse este acordo da Bata Branca e não aprovasse um regulamento de incentivo aos médicos, neste momento tínhamos duas médicas no concelho e a estação de saúde de Santa Margarida e de Montalvo estavam fechadas”, vincou Sérgio Oliveira.