Tragédia com morte de criança de seis anos que caiu de quarto andar em VFX
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Heitor, filho de pais brasileiros, trepou por uma cadeira para se debruçar sobre a varanda e caiu da janela de um quarto andar quando o pai estava sozinho a cuidar dos outros dois irmãos.
Não há suspeitas nem indícios de crime na morte de Heitor, o menino de seis anos, filho de pais brasileiros, que na manhã de domingo, 9 de Fevereiro, caiu da janela de um quarto andar do apartamento onde vivia na Rua Fernão Lopes, na Torre de Cima e Capelas, perto do Bairro do Bom Retiro em Vila Franca de Xira. O caso, diz fonte oficial da PSP, aponta para um acidente e por isso a Polícia Judiciária não foi chamada ao local.
A queda aconteceu num momento de distracção do pai, que estava sozinho em casa com Heitor e os dois irmãos mais novos, que não se aperceberam logo da tragédia. Segundo as autoridades, a mãe tinha saído cedo para trabalhar numa pastelaria no centro de Alverca, como sempre acontecia, e a criança estava a brincar, como habitualmente, numa das divisões da casa, tendo agarrado numa cadeira, aberto uma janela e perdido o equilíbrio quando se debruçou sobre ela. Acabou por cair de uma altura de quatro andares para a zona das garagens, cujo desnível equivale a um sexto andar.
Foram os gritos do pai que alertaram a vizinhança. Um dos vizinhos recordou o caso a O MIRANTE mas ainda estava abalado com a situação. “Ouvi o pai aos gritos e depois quando mais pessoas começaram a abrir as portas é que percebemos o que aconteceu”, recorda o morador. Apesar da família já viver no apartamento há algum tempo, praticamente nenhum vizinho com quem o nosso jornal conseguiu falar sabia o nome dos progenitores. “A primeira preocupação foi cuidar dos miúdos que tinham ficado no apartamento e vi que alguns vizinhos os ajudaram nisso”, recorda o mesmo morador.
Quando os bombeiros chegaram ao local o pai estava junto do filho, em choque, a tentar reanimá-lo. Também a viatura rápida de emergência do INEM foi chamada ao local e chegou a ser usado o equipamento de desfibrilhação mas sem sucesso, tendo o óbito sido declarado no local. O pai teve de receber apoio psicológico e foi levado para o hospital.
A vizinhança diz tratar-se de uma família simples, humilde e trabalhadora que procurava em Portugal uma vida melhor. “Com os miúdos em casa nunca se deve facilitar e às vezes bastam poucos minutos para eles fazerem algo que não devem. É uma tragédia”, lamenta Aurora Dias, que vive no prédio ao lado e só se apercebeu do aparato algum tempo depois da queda da criança.