Distração e excesso de velocidade continuam a causar acidentes no centro de Vila Franca de Xira
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Cruzamento perigoso no centro da cidade de Vila Franca de Xira continua a ser palco de acidentes frequentes. Moradores pedem soluções para o problema mas junta de freguesia diz que se trata de um problema de falta de civismo ao volante.
Um novo acidente grave, entre um automóvel e um motociclo, no início deste mês voltou a reavivar as preocupações de segurança dos moradores em relação ao cruzamento entre as ruas 16 de Março, 27 de Maio e da República, no centro da cidade de Vila Franca de Xira. O condutor da mota teve de ser transportado para o hospital.
O cruzamento tem um desnível acentuado e apesar de estar bem sinalizado - incluindo com passadeiras elevadas na Rua 16 de Março que forçam os condutores a parar para ceder a prioridade - muitos acidentes continuam a acontecer. Quem ali vive pede medidas e a criação de soluções que permitam minimizar os riscos de acidente, incluindo reforço da sinalização e lombas que forcem quem desce da Rua da República a reduzir a velocidade.
“Este cruzamento tem inclinação e uma curva acentuada e é um dos pontos negros da sinistralidade rodoviária da cidade. Os muitos acidentes parecem não preocupar os responsáveis pela segurança rodoviária e dos cidadãos”, lamenta Elmano Santos a O MIRANTE. Outro morador, Afonso Pereira, confirma que os acidentes são frequentes e diz que só com lombas redutoras de velocidade será possível minimizar os riscos. Incluindo para os peões que passam no local. “É um cruzamento perigoso e até é um milagre como não há mais acidentes. Os carros passam aqui sempre a altas velocidades”, critica.
O presidente da Junta de Freguesia de VFX, Ricardo Carvalho, considera que o problema tem a ver com o civismo dos condutores. “Ele está bem sinalizado, quem vem da Rua 16 de Março sabe que tem prioridade porque tem um Stop e uma lomba elevada que obriga a reduzir a velocidade. Por isso é mesmo um problema de irresponsabilidade dos condutores”, critica. O autarca lembra que já no passado várias soluções tentaram ser implementadas no local mas nunca funcionaram. E colocar uma mini-rotunda também não serve, diz o autarca, porque depois não dá espaço para os camiões ou os autocarros conseguirem passar.
A câmara diz ter um entendimento diferente dos moradores, considerando que o perfil da estrada, com traçado em curva e contracurva em elevado declive, “não estimula situações de excesso de velocidade” que possam pôr em perigo os veículos vindos da Eua 16 de Março. Apesar disso, os serviços municipais continuam a monitorizar a necessidade de medidas adicionais de segurança naquele cruzamento, para garantir a protecção dos automobilistas e peões.