Sociedade | 14-02-2025 12:00

Judiciária na Câmara de Alpiarça por causa de um frigorífico

A venda de uma câmara frigorífica abandonada há uns anos na Câmara de Alpiarça, que tinha sido usada para pagamento de uma dívida, está a revelar-se um rocambolesco caso de investigação.

A venda de uma câmara frigorífica que estava há anos a ocupar espaço nas instalações da Câmara de Alpiarça acabou por protagonizar um caso rocambolesco, que levou a Polícia Judiciária (PJ) à autarquia. Em causa está o facto de o município não ter feito uma hasta pública, mas perante o valor e a transparência da situação, bem como as explicações dadas pela presidente da autarquia, nem a oposição da CDU valorizou a situação e até há na coligação que governava o município no anterior mandato quem considere desproporcionada a intervenção da PJ.
O caso começa antes das obras do mercado municipal, há uns seis anos, quando começou a preparar-se a intervenção no edifício. No local funcionava um talho que tinha várias rendas em atraso à câmara municipal e cujo talhante tinha deixado a câmara frigorífica nas instalações. A autarquia acabou por ficar com o equipamento para pagamento da dívida, que era de cerca de três mil euros, segundo apurou O MIRANTE junto de quem na altura acompanhou o processo.
O frigorífico ficou guardado nas instalações da câmara até há pouco tempo, quando o actual executivo, liderado pela socialista Sónia Sanfona, se lembrou de desocupar o espaço e vender o equipamento. Entretanto a venda chegou ao conhecimento dos vereadores da CDU porque algumas pessoas falavam do assunto na vila. João Pedro Arraiolos levantou a questão numa reunião do executivo camarário, tendo a presidente explicado o que se passou e foram mesmo disponibilizados os documentos referentes ao processo de venda.
A venda a um particular, verificou-se nos documentos, até era num valor superior ao que a presidente Sónia Sanfona tinha mencionado na reunião, tendo a autarquia recebido 500 euros pelo equipamento que estava sem funcionar há pelo menos seis anos. O assunto parecia esclarecido e arrumado, mas alguém fez queixa às autoridades por não ter havido uma hasta pública. E havendo uma queixa a Judiciária teve que abrir uma investigação ao caso, tendo os inspectores visitado o município na semana passada para recolher elementos.

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