Sociedade | 16-02-2025 13:20

Alpiarça participa em projecto europeu para garantir sustentabilidade das turfeiras

As turfeiras cobrem apenas 3% da superfície terrestre e são fundamentais no combate às alterações climáticas, uma vez que armazenam o dobro do carbono de todas as florestas do mundo.

A Câmara de Alpiarça foi escolhida para participar num projecto europeu que pretende garantir a sustentabilidade das turfeiras, numa iniciativa que arrancou na quarta-feira, 12 de Fevereiro, e se vai estender pelos próximos quatro anos, anunciou a autarquia. Em comunicado, a câmara revela que a iniciativa, intitulada PEAT-UE ("Políticas Ambiciosas para a Restauração, Conservação e Gestão Sustentável das Turfeiras na Europa"), visa desenvolver um plano de cogestão para o Paul da Goucha, a mais recente Reserva Natural Local localizada no município, com o objectivo de garantir a sustentabilidade do ecossistema.
De acordo com o documento, as turfeiras, que cobrem apenas 3% da superfície terrestre, são fundamentais no combate às alterações climáticas, uma vez que armazenam o dobro do carbono de todas as florestas do mundo. Além disso, regulam o clima, previnem inundações, retêm água, fornecem água potável e preservam a biodiversidade. No entanto, mais de 50% das turfeiras na Europa estão degradadas, emitindo anualmente cerca de 230 milhões de toneladas de CO, equivalentes às emissões de 135 milhões de automóveis.
Segundo o documento, o projecto PEAT-UE pretende abordar esta problemática, "promovendo a restauração e gestão sustentável destes habitats". Para isso, o município de Alpiarça vai contar com a colaboração do Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém) e da Escola Superior Agrária, que “trazem o conhecimento técnico e científico para o desenvolvimento e implementação do plano de gestão do Paul da Goucha”, pode ler-se no comunicado. Entre os objectivos do projecto estão “a melhoria das políticas existentes com base em dados científicos”, “a criação de mecanismos que garantam financiamento sustentável”, “a sensibilização do público” e o “estabelecimento de parcerias com iniciativas internacionais para ampliar o alcance das acções na União Europeia”.
O consórcio do projecto inclui entidades como a ONG Natuurpunt (Bélgica), o Ministério do Turismo, Ecologia e Desenvolvimento Sustentável de Montenegro, o Gabinete de Desenvolvimento Regional da Região de Weser e Ems (Alemanha), a Cidade de Mechelen (Bélgica), a Colaboração Odense Fjord (Dinamarca), o Programa Danúbio-Cárpatos (Ucrânia) e a Administração das Áreas Menores Protegidas da Lituânia.

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