Requalificação em Santo Estêvão gera debate sobre árvores e gestão de resíduos
A requalificação da zona central de Santo Estêvão, no concelho de Benavente, tem gerado controvérsia entre o executivo municipal. As críticas deixadas pela oposição reportam-se à ausência de árvores de grande porte e à falta de locais definidos para deposição de resíduos.
A intervenção na zona central de Santo Estêvão, concelho de Benavente, foi alvo de críticas pela falta de árvores de grande porte e pela ausência de locais definidos para contentores do lixo e recolha selectiva. A vereadora do PSD, Sónia Ferreira, critica a obra, enquanto o presidente da câmara, Carlos Coutinho (CDU), defende as opções tomadas.
A autarca social-democrata manifesta preocupação com a falta de espaços destinados à deposição de resíduos e com a substituição de árvores adultas por exemplares ainda sem capacidade para gerar sombra. “Mais uma vez se faz uma obra de requalificação de uma praça e não se pensa onde é que estes equipamentos vão ficar. Já começou o empurra de um lado para o outro”, criticou. Quanto à vegetação, afirma que “voltámos a ter uma praça cheia de pedra, onde tínhamos uma praça cheia de árvores, com sombras e um local aprazível”.
Sónia Ferreira menciona que as árvores agora colocadas dão sombra daqui a 100 anos de pouco valendo ao executivo argumentar que foram plantadas 20 árvores num espaço que anteriormente tinha uma dezena. “São troncos e de troncos não vão passar nos próximos anos”, lamenta, tendo-se referido ainda a intervenções semelhantes em outros espaços públicos do concelho, dando como exemplo a praça do município em Benavente.
Carlos Coutinho contesta as críticas e deixa o desafio à vereadora de verificar a quantidade de árvores antes e depois da intervenção. “Muitas vezes utiliza-se esta retórica e até parece que ela é verdadeira, mas não é difícil constatar. Podemos ir ao Google e ver o que é que lá estava”, afirma. Sobre as espécies escolhidas, o edil explica que algumas das árvores removidas encontravam-se em mau estado sanitário e necessitavam de abate. Para atestar as suas palavras, o autarca mencionou que o presidente da Junta de Santo Estêvão já tinha reclamações da população face ao estado das árvores que se encontravam junto ao poço e que tinham problemas vegetativos.
O autarca da CDU realça a opção por árvores adequadas e que se desenvolvem de forma sustentável para evitar problemas com as raízes nos passeios e garantir a sua conformidade a longo prazo. A requalificação da zona central da Rua Manuel Martins Alves, em Santo Estêvão, incluiu a pavimentação de cerca de dois quilómetros e a beneficiação dos passeios, abrangendo a área conhecida como a zona do Poço.