ULS Médio Tejo envolvida na colheita de 14 órgãos para transplantação em 2024
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A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo destaca-se desde 2009 no domínio da colheita de órgãos para transplantação.
A Equipa de Colheita de Órgãos e Tecidos do Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) esteve envolvida, em 2024, na colheita de 14 órgãos – oito fígados e seis rins. Os órgãos vitais foram doados por nove utentes da ULS Médio Tejo aos quais foi declarada uma situação irreversível de morte cerebral. “A ULS Médio Tejo destaca-se desde 2009 no domínio da colheita de órgãos para transplantação, demonstrando um compromisso exemplar em salvar vidas e oferecer mais tempo e esperança a mais de dois mil doentes que aguardam por um transplante em Portugal”, refere a instituição em comunicado.
A actuação da ULS Médio Tejo neste domínio supera a média nacional de doação de órgãos de dadores falecidos. Com uma taxa de 53,14 dadores por milhão de habitantes em 2024, os resultados da ULS Médio Tejo ultrapassam significativamente a média nacional de 35,8 dadores por milhão de habitantes (dados oficiais do IPST referentes a 2023, os últimos que se encontram publicados). “Este desempenho é ainda mais notável por serem alcançados por uma ULS e um Hospital distante dos grandes centros, como Lisboa, Porto e Coimbra, que concentram hospitais centrais e universitários, com valências inexistentes no Hospital de Abrantes da ULS Médio Tejo”, acrescenta a nota.
Lucília Pessoa, coordenadora da Equipa de Colheita de Órgãos e Tecidos, realça que “a doação de órgãos é um acto de amor que transcende a vida do dador falecido. Na ULS Médio Tejo testemunhamos e vivenciamos o poder deste gesto. A colheita destes 14 órgãos proporcionou uma nova vida a 14 doentes que aguardavam por um transplante”, disse. Nuno Catorze, director da Unidade de Cuidados Intensivos da ULS Médio Tejo, defende, por sua vez, uma maior literacia sobre o tema: "a doação e transplantação de órgãos é um tema que precisa de ser amplamente divulgado e debatido. É fundamental que a população compreenda a importância deste acto e como ele transforma vidas”, referiu.
Casimiro Ramos, presidente do conselho de administração da ULS Médio Tejo afirmou: “este resultado é fruto de um trabalho árduo e dedicado de toda uma equipa, que procura incessantemente salvar vidas e oferecer esperança a quem dela precisa. Este é um motivo de orgulho para toda a instituição e região do Médio Tejo”, frisou.