Menos 40% dos jovens doaram sangue nos hospitais do Médio Tejo
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O Serviço de Imuno-Hemoterapia da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) colheu, em 2024, 5.164 dádivas de sangue nas suas três unidades hospitalares, localizadas em Abrantes, Tomar e Torres Novas.
O Serviço de Imuno-Hemoterapia da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) colheu, em 2024, 5.164 dádivas de sangue nas suas três unidades hospitalares, localizadas em Abrantes, Tomar e Torres Novas. Houve um total de 3.301 dadores benévolos de sangue que durante o ano passado reconheceram a importância deste gesto que “pode salvar até três vidas com uma única dádiva”, segundo um comunicado da instituição. No entanto há um aspecto negativo a salientar. Apesar dos apelos e campanhas realizadas pela ULS Médio Tejo durante o ano passado, os jovens estiveram menos mobilizados e representaram menos de 9% dos dadores de sangue em 2024, uma diminuição muito significativa (cerca de 40%) face ao ano anterior. Em 2025 a ULS Médio Tejo refere que vai intensificar as campanhas de promoção da dádiva de sangue junto da população, com destaque aos mais jovens, que são essenciais para a renovação dos dadores de sangue.
“O gesto de doar sangue é indolor e pode salvar a vida de até três pessoas vítimas de acidentes, de cancro ou portadores de doenças hematológicas. O procedimento da dádiva de sangue é rápido e não excede os 45 minutos, no total, incluindo a consulta médica prévia à recolha do sangue”, refere a ULS.
Os números finais das dádivas permitem afirmar que foi possível a produção de 5.110 unidades de concentrados de eritrócitos (glóbulos vermelhos), 747 pools de plaquetas e 424 unidades de plasma fresco congelado. Estes componentes sanguíneos, processados directamente nas instalações da ULS Médio Tejo, beneficiaram 1.723 doentes da região, permitindo transfundir 3.725 unidades de concentrados de glóbulos vermelhos. Segundo a ULS, o sangue colhido e processado apoiou utentes de diversas instituições do Serviço Nacional de Saúde, como o Hospital Distrital de Santarém, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa, o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, na Amadora, e os Hospitais de Portalegre e Elvas, mais a sul do país.
Os dadores do sexo masculino mantiveram-se predominantes no balanço das dádivas de sangue colhidas pelos Hospitais do Médio Tejo em 2024 – representam cerca de dois terços de todas as dádivas colhidas. O grupo sanguíneo mais colhido na região do Médio Tejo foi, durante o ano passado, o “A Rh Positivo”. Refira-se também que mais de metade dos dadores de sangue da região do Médio Tejo, num número total de 1.737, têm entre os 45 e os 65 anos.