Sociedade | 20-02-2025 21:00

Pais pedem refeitório escolar para crianças de Santo Estêvão

Pais pedem refeitório escolar para crianças de Santo Estêvão
Sónia Nunes é uma das encarregadas de educação que pede solução para melhorar almoços do 1.º ciclo em Santo Estêvão

Encarregados de educação de alunos da Escola Básica de Santo Estêvão lançaram um abaixo-assinado a exigir melhores condições para as refeições escolares. Defendem que os alunos do 1.º ciclo não devem continuar a percorrer diariamente 200 metros, fora do recinto escolar, até ao jardim de infância para almoçar, enfrentando a chuva e o frio.

Um grupo de pais de alunos da Escola Básica de Santo Estêvão, no concelho de Benavente, está a promover um abaixo-assinado a exigir a colocação de um contentor ou a construção de um novo refeitório escolar, alegando que as actuais condições obrigam as crianças a deslocarem-se diariamente ao jardim de infância da localidade, situado a 200 metros.
A situação tem motivado preocupação entre os encarregados de educação, que defendem que os alunos do 1.º ciclo deviam ter acesso às refeições dentro do próprio recinto escolar. Actualmente, cerca de 60 crianças com idades entre os seis e os nove anos percorrem diariamente cerca de 200 metros até ao jardim de infância para almoçar, passando pelo jardim do coreto. “Independentemente da chuva, do frio ou do vento, têm de ir sempre para lá. A distância não é muita, mas não me parece uma solução viável, sobretudo em dias de intempérie”, afirma a O MIRANTE Sónia Nunes, professora e mãe de um aluno do 3.º ano.
Além das deslocações, os pais apontam outras dificuldades, nomeadamente a falta de espaço e o tempo reduzido para as refeições, que decorrem em três turnos. O refeitório foi concebido para as crianças do jardim de infância, mas agora está sobrecarregado. As crianças comem à pressa, o que lhes causa stress e não é benéfico para o desenvolvimento saudável delas, refere a encarregada de educação.
A vereadora com o pelouro da educação na Câmara de Benavente, Catarina Vale, conhece a realidade e, segundo a porta-voz dos pais que se reuniu com a autarca há cerca de um ano, foi salientado que existia uma autorização do Ministério da Educação para a construção de um centro escolar em Santo Estêvão, mas o processo continua sem avanços.
Sónia Nunes, que dá aulas em Sacavém, mas reside em Santo Estêvão com a família, propôs que se colocasse um contentor provisório dentro da escola para as refeições, mas disseram-lhe que não era viável porque ocuparia espaço. Os encarregados de educação lançaram um abaixo-assinado que conta já com cerca de 140 assinaturas. “A população tem sido solidária, porque percebe que esta é uma necessidade real”, sublinhou a mãe, que vinca o papel competente de todas as pessoas que trabalham na escola, desde os professores aos assistentes operacionais, os quais têm protegido e ajudado as crianças no percurso, abdicando possivelmente de parte do seu tempo livre.
O problema não é inédito no concelho. Como relembra, na Escola Secundária de Benavente, que é um estabelecimento recente, os alunos também não têm refeitório e precisam de ir até à Escola Duarte Lopes para almoçar. Parece existir, segundo refere, a intenção de colmatar a falta de um refeitório com a construção de um novo na Secundária, mas Santo Estêvão, com alunos mais pequenos, continua sem solução à vista.
A Câmara Municipal de Benavente vai estar no refeitório com os pais para ver como pode melhorar a situação.

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